domingo, 6 de outubro de 2013


André Loffredo diz que falta de elenco está custando caro ao Botafogo

Após mais uma derrota no Brasileirão, comentarista aponta enfraquecimento do grupo alvinegro como principal motivo da queda de produção da equipe


O Botafogo foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0 na abertura da 26ª rodada do Brasileirão, na noite do último sábado no Maracanã. Com o resultado, a equipe de Oswaldo Oliveira chegou ao quinto jogo consecutivo sem vitória na competição (quatro derrotas e um empate). Para o comentarista do SporTV André Loffredo, a queda de rendimento do time alvinegro pode ser explicada pelo enfraquecimento do elenco durante a competição. O clube perdeu o atacante Vitinho, os meias Fellype Gabriel e Andrezinho, além do volante Jadson (assista ao vídeo).
- O Botafogo foi se desmontando ao longo do campeonato. É um time que perdeu um jogador importante no ataque, que foi vendido, que é o Vitinho. Vinha tentando se recuperar com Elias e Hyuri, que não estiveram em campo hoje. E tem que procurar outros jogadores que não vinham fazendo parte da grande campanha, eram apenas complemento ou até jogadores fora do elenco. Evidentemente o time sente, o time cai, a falta de elenco está custando caro ao Botafogo na reta final - afirmou o comentarista, no "Troca de Passes".
Seedorf Botafogo x Grêmio (Foto: Satiro Sodré)Seedorf teve má atuação diante do Grêmio e foi vaiado pela torcida no fim da jogo (Foto: Satiro Sodré)
Na opinião do comentarista Lédio Carmona, o Botafogo sofre de uma queda técnica de jogadores importantes, principalmente do trio formado por Lodeiro, Rafael Marques eSeedorf, que foi vaiado no fim da partida e mostrou abatimento com o momento vivido pela equipe na competição.
- Depois do gol do Grêmio ele caiu junto com todo time, ficou nervoso, sentiu demais as vaias no segundo tempo e voltou a jogar mal. É um Seedorf a cada rodada mais irreconhecível. Hoje deu sinais, no primeiro tempo, que se recuperaria. A queda do Botafogo é muito mais técnica do que física. O Lodeiro também muito mal, um jogador que não faz gol há 12 jogos. O Seedorf há 13 jogos. Rafael Marques que é outro jogador importantíssimo não marca há nove jogos. Tudo que esses três jogadores representavam ao Botafogo e a má fase dos três leva o time para o buraco. Nesse momento eu fico na espera para ver o que vai acontecer com o Botafogo nesta reta final - concluiu.
O Botafogo estacionou nos 43 pontos, em terceiro, e corre o risco de ser ultrapassado pelo Atlético-PR neste domingo - o time paranaense encara o Coritiba, no Durival de Brito. Com a vitória, o Grêmio manteve o segundo lugar, agora com 48 pontos. Na próxima quarta-feira, o Glorioso encara o Náutico, às 21h50, na Arena Pernambuco. O Tricolor gaúcho recebe o Criciúma, às 19h30, na Arena Grêmio.
FONTE: Esportetv.com

Naufrágio na Itália: 32 corpos são encontrados, e nº de mortes vai a 143


Mergulhador se prepara para reiniciar as buscas por corpos de vítimas do naufrágio, em Lampedusa Foto: AP

O número de imigrantes mortos no naufrágio de quinta-feira passada em frente à ilha de Lampedusa subiu neste domingo para 143, depois que os mergulhadores das forças e dos corpos de segurança italianos conseguiram resgatar outros 32 corpos. Entre os cadáveres encontrados hoje, 31 são de homens e um de mulher.
Segundo fontes da Guarda Litorânea, os corpos foram transferidos em lanchas motoras a Lampedusa, onde os caixões dos outros 111 corpos recuperados até agora haviam sido alocados em um hangar, entre eles os de quatro crianças; e onde permanecem os 155 sobreviventes à espera de sua transferência para Roma.
Após o anúncio da recuperação dos primeiros dez corpos, as autoridades italianas informaram que outros seis, primeiro, e 16 depois, haviam sido resgatados dos restos do barco, que está a mais de 40 metros de profundidade e a meia milha de distância de Lampedusa.

  Terra

Dilma transmite "solidariedade" a Cristina Kirchner pelo Twitter


Rio de Janeiro, 6 out (EFE).- A presidente Dilma Rousseff transmitiu neste domingo sua "solidariedade" à presidente argentina, Cristina Kirchner, que iniciou um afastamento de um mês do cargo depois que os médicos lhe diagnosticaram uma lesão cardiovascular.
"Cristina é amiga do Brasil e minha amiga", afirmou Dilma em sua conta no Twitter (@dilmabr) onde também desejou, em espanhol, que a colega argentina tenha "força".
Cristina sofre uma "coleção subdural crônica" que a obrigará a suspender suas atividades habituais por 30 dias, de acordo com um comunicado divulgado ontem após o check-up que realizou na Fundação Favaloro.
A governante, de 60 anos, foi ao hospital realizar "um exame cardiovascular por causa de uma arritmia, e devido a ter apresentado um quadro de dor de cabeça, foi pedida uma avaliação neurológica ao Instituto de Neurociências" da Fundação, acrescentou o comunicado lido pelo porta-voz de Presidência argentina, Alfredo Scoccimarro. EFE

Polícia do Rio ocupa Complexo do Lins


Polícia militar faz patrulha no complexo de favelas de Mangueirinhas, Duque de Caxias, em 5 de agosto de 2013

A polícia do Rio de Janeiro ocupou neste domingo o complexo de favelas do Lins, na zona norte da cidade, em mais uma etapa do processo de pacificação nas comunidades dominadas pelo narcotráfico.
Quase 370 oficiais da Polícia Militar, apoiados por fuzileiros da Marinha em blindados, entraram nas 12 favelas do Complexo do Lins e Camarista Méier pouco depois das 6h00.
No total, mil oficiais das forças de segurança - incluindo militares, policiais federais e civis - participaram na operação.
A operação durou 50 minutos e transcorreu sem troca de tiros. Depois de entrar no complexo, a polícia começou a revistar casas e interrogar suspeitos.
"Era um clamor daquela população há muito tempo", afirmou o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, ao site G1.
No conjunto de favelas, que tem população estimada de 15.000 pessoas, serão instaladas a 35ª e 36ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
"Como na maioria das comunidades, não precisamos de uma UPP. Não nos representa. Se algum morador disser que aceita a UPP é mentira", afirmou uma moradora, que identificou apenas como Márcia, de 51 anos.
O programa de implementação das UPPs passa por um momento de críticas por denúncias de corrupção e tortura na Rocinha, a maior favela do Rio.
Esta semana, 10 policiais foram presos acusados de terem torturado até a morte o pedreiro Amarildo de Souza e depois ocultado o corpo.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Amarildo foi uma das 23 pessoas torturadas para a obtenção de informações sobre o tráfico na região.
"Tenho medo que outros Amarildos apareçam", disse Márcia à AFP.
O "caso Amarildo" provocou muitos protestos contra o governador Sérgio Cabral.
"Por este caso isolado não vamos deixar de acreditar na polícia de pacificação", disse o defensor público Nelson Bruno, que acompanhou a ocupação para constatar que não aconteceram abusos durante a operação.
"Tudo está tranquilo, sem reclamações. O sentimento é de tranquilidade e esperança", disse Bruno, que acompanha as "pacificações" desde a ocupação cinematográfica no Complexo do Alemão em 2010.
A polícia apreendeu uma quantidade ainda não divulgada de drogas e munições.
Durante a semana, dois suspeitos de narcotráfico foram mortos no Lins em confrontos com a polícia prévios à pacificação.
"A paz não é conseguida com fuzil, isto é mentira. Queremos o fim da UPP", disse à AFP André Luiz Constantine, 38 anos, do grupo Favela Não Se Cala.
A criação das UPPs é parte do esforço do Rio de Janeiro para melhorar a situação de segurança antes da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Nas 34 UPPs instaladas até o momento trabalham 8.500 policiais. O governo estadual espera alcançar 40 unidades em 2014.

Dramaturgo e diretor Ênio Gonçalves morre aos 70 anos


Morreu na manhã de ontem, no Hospital Sancta Maggiore, no bairro paulistano Paraíso, o ator, dramaturgo e diretor Ênio Gonçalves. Ele tinha 70 anos e sofria de uma doença renal. Na carreira, atuou em teatro, cinema e televisão. Foram mais de 40 filmes - entre os quais Demência (1986) e Garotas do ABC (2003), 20 novelas - como Pedra sobre Pedra (1992) - e 50 peças em que ele trabalhou como ator ou diretor. Gonçalves nasceu no Rio Grande do Sul, casou-se três vezes e teve duas filhas. O velório aconteceu no Cemitério do Araçá. O corpo seria cremado às 11h de hoje no crematório da Vila Alpina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Irã rejeita última proposta internacional sobre programa nuclear


A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e o chanceler iraniano, Mohamed Javad Zarif, antes de reunião em Nova York em 26 de setembro

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, rejeitou a validade da última proposta apresentada ao país pelas grandes potências nas negociações sobre a questão nuclear.
"A proposta anterior do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) passou para a história e agora devem comparecer à mesa de negociações com um novo enfoque", disse Zarif.
As negociações devem ser retomadas em 15 e 16 de outubro em Genebra.
As grandes potências apresentaram uma proposta em fevereiro e abril ao Irã para a suspensão do programa de enriquecimento de urânio a 20% e a restrição das atividades de enriquecimento na central de Fordo, escondida em uma área montanhosa a 100 km de Teerã, o que dificulta a destruição em uma ação militar.
Em contrapartida, se comprometiam a aliviar algumas sanções ao país no comércio de ouro e no setor petroquímico.
Neste domingo, o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Ali Akbar Salehi, anunciou que quatro pessoas foram detidas por tentativa de sabotagem a uma instalação nuclear do país.
Vários países ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear iraniano oculta uma parte militar, o que o Irã nega, alegando que o mesmo tem apenas caráter civil.
"Há algum tempo descobrimos as atividades de sabotagem de várias pessoas em uma instalação nuclear. Permitimos que continuassem com suas atividades para obter mais informações. Nós os prendemos no momento oportuno e o interrogatório continua", declarou Salehi, citado pela agência Mehr.
Salehi não revelou a instalação nuclear que era alvo e disse que outros casos foram identificados.

Saúde no Distrito Federal

Mais Médicos chega com impacto discreto, mas positivo no Distrito Federal



Um mês após o início do trabalho dos médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos, o impacto da atuação dos sete profissionais destacados para o Distrito Federal (DF) é positivo, mas ainda discreto.

Apesar de terem agora mais acesso ao médico generalista, os pacientes alegam que faltam especialistas e que encontram muita dificuldade para fazer exames.

“Desde que este posto foi aberto, em 1984, eu nunca vi atendimento na sexta-feira. Sempre foi de segunda a quarta. Agora, com a médica nova, é que eu estou vendo atendimento sexta-feira”, disse a dona de casa Elisângela Matos, de 41 anos que, desde a inauguração, é atendida no Centro de Saúde nº 1 do Gama, uma das regiões administrativas do DF. “É um bom sinal”, ressaltou Elizângela. ...

Logo na entrada do posto, o paciente vê um cartaz com uma lista de remédios que estão em falta, entre eles paracetamol (comprimido), diamicron, cálcio, omemprazol e ibuprozeno.

Mesmo assim, a professora Maria Domingas, de 40 anos, ficou satisfeita por ter conseguido, em uma sexta-feira, marcar uma consulta para a segunda-feira seguinte no Centro de Saúde nº 9 de Ceilândia, o mais próximo de sua casa.

Maria Domingas disse à Agência Brasil que, em janeiro, foi examinada por um médico que pediu uma ecografia, mas ela só conseguiu marcar o exame para agosto. Feito o exame, ela tentou agendar o retorno no mesmo mês, porém, a equipe de saúde da família que atende a comunidade Pôr do Sol, onde ela mora, estava sem médico.

Foi essa equipe que recebeu Marcela Fukushima, formada em Brasília há um ano. Segundo a médica, o centro em que trabalha tem uma estrutura física “interessante”, embora faltem medicamentos básicos para tratamento de pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. “Percebi que é difícil acompanhar um paciente, já que, quando a gente encaminha para um especialista, pode levar meses para o paciente ser atendido. É mais tempo do que para exames, que já são demorados”, constatou a médica.

Marcela reconhece que, por estar em Ceilândia, área administrativa do DF, tem o privilégio de trabalhar em um centro minimamente estruturado. “Já trabalhei no interior de Goiás, e lá sim faltava tudo”, relatou.

Os médicos do programa, chamados generalistas, fazem atendimento básico em diversas áreas, como pediatria, ginecologia e psiquiatria. Caso haja necessidade, o profissional encaminha o paciente para um especialista. A ideia preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é que esse atendimento seja a porta de entrada da rede pública de saúde.

Os profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família, na qual trabalham os médicos do Mais Médicos, também têm papel educativo na vida da comunidade em que atuam. Cada equipe deve ser composta, no mínimo, por um generalista, ou especialista em saúde da família, ou médico de família e comunidade; um enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família; um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Cada equipe deve atender a uma média de 3.500 pessoas e as pessoas só procurem os hospitais em casos mais graves.

O Distrito Federal pediu ao Ministério da Saúde 97 profissionais do Mais Médicos. Na primeira etapa, 15 foram designados para a região, mas apenas sete estão atuando. Na segunda etapa do programa, que começou nesta semana, dos 14 médicos designados, dez se apresentaram, mas um desistiu ainda no período de acolhimento. Devido às polêmicas geradas pelo programa, alguns profissionais que  atuam no DF não quiseram falar com a  reportagem sem antes pedir autorização da Secretaria de Estado de Saúde do DF.

Perguntada pela Agência Brasil sobre a falta de remédios, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse, por exemplo, que o captopril, medicamento usado no tratamento da hipertensão, está disponível nas farmácias com o selo “Aqui tem farmácia popular”. A secretaria informou que os demais medicamentos serão remanejados de outras unidades, já que não estão em falta na rede.

Sobre a denúncia feita por Maria Domingas, a Secretaria de Saúde respondeu que precisaria de mais dados para ver o caso específico, mas que os atendimentos de ortopedia são feitos nos 11 centros de Saúde da Ceilândia.

Com relação aos dias de atendimento médico na unidade de Ceilândia, a SES/DF informou que o centro de saúde conta com atendimento médico de segunda a sexta-feira, e a subsecretária Rosalina Aratani Sudo disse que ela mesma trabalhou nesta unidade por 11 anos, até 2010, de segunda a sexta.

FONTE: BLOG DO SOMBRA

Operação Miquéias

Na berlinda, prefeitos abrem o jogo sobre escândalo com fundos de pensão


Reportagem procurou gestores e ex-gestores de cidades assediadas ou envolvidas na fraude previdenciária investigada pela Polícia Federal.

A Operação Miqueias, de­flagrada pela Polícia Fe­deral (PF) no dia 19 de se­tembro, ganhou um importante capítulo na semana passada. ...

O inquérito completo da investigação foi divulgado e tornou público os detalhes da operação que foi montada para desarticular uma quadrilha que desviava verba dos fundos de pensão de municípios e Estados. O documento revelou a suposta presença de alguns deputados federais no esquema, como por exemplo Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA). Por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu que os autos fossem redirecionados para a Corte.

No inquérito, constam algumas conversas dos dois deputados com o doleiro Fayed Antonie Traboulsi, suposto líder da quadrilha. Surgiram também registros manuais com os nomes dos parlamentares no caderno de pagamento de Traboulsi.

Além disso, apareceram nos documentos várias cidades goianas, citadas de maneira direta ou indireta. A princípio, a lista dos municípios de Goiás envolvidos contava com Á­guas Lindas, Caldas Novas, Cris­ta­lina, Formosa, Itaberaí, Montividiu e Pires do Rio. Porém, o inquérito revelou, com escutas telefônicas e relatórios de investigação, a presença de mais nove cidades. Jun­tam-se à lista Goianira, Luziânia, Sil­vânia, Ne­rópolis, Catalão, Apa­re­cida de Goiânia, Senador Canedo, Acreú­na e Uruaçu, totalizando 16 municípios citados no inquérito.

Através das transcrições de telefonemas rastreados pela PF, percebe-se que as cidades de Goianira, Luziânia, Nerópolis, Se­nador Canedo, Uruaçu e A­creúna seriam alvos de aliciadores da organização para entrarem no esquema e algumas reuniões entre os representantes dos munícipios e dos fundos de previdência e os aliciadores estariam sendo agendadas.

Em uma das conversas, as “pastinhas” Cintia e Fernanda conversam com Fayed sobre uma visita à cidade de Goianira, durante a gestão de Carlos Alberto (Carlão),  do PSDB, com o intuito de atrair os fundos do município para a organização. Uma conversa telefônica revela que Fernanda se encontraria com algum representante de Goianira para discutir o assunto. De acordo com o ex-prefeito nenhum encontro chegou a acontecer. “Na minha administração não recebi nenhuma pessoa representando essa organização. Nem eu nem ninguém que estivesse ligado à prefeitura ou ao fundo de previdência municipal. Se tivesse ocorrido alguma reunião que envolvesse esse assunto, eu com certeza saberia”, comenta o ex-prefeito.

Miller Assis (PP), atual prefeito de Goianira, também comentou so­bre o caso e disse que os fundos de previdência estão aplicados na Cai­xa Econômica Federal e que não houve nenhum rombo ou pre­juízo nos fundos municipais. “Se houve um contato dessa organização com o governo passado, nada se concretizou. Porque os fun­dos não deixaram a Caixa e não houve nenhum tipo de dano ao erário municipal”, comenta Miller. O prefeito divulgou o Certificado de Regularidade Previdenciária de Goianira.

Em Uruaçu e Luziânia, houve o mesmo tipo de contato. Em Uruaçu, a “pastinha” Luciane Hoepers comentou com Fayed, em uma das escutas, que tentaria falar com a prefeitura da cidade. Noutro telefonema, desta vez entre Fayed e seus “pastinhas”, foi citado uma visita à cidade de Luziânia para fechar negócio. Neste já teriam havido trocas de alguns documentos.

O prefeito de Luziânia à época, Célio Silveira (PSDB), revelou que nenhum centavo deixou os cofres da Caixa Econômica Federal, banco que era utilizado pelo fundo previdenciário do município. Mas ele admitiu que houve uma tentativa de aliciamento.

“Esse tipo de contato existe demais, todo dia um procura. Na época, o nosso secretário de Finanças foi procurado, mas dispensou qualquer troca do fundo de investimentos e sequer passou o fato para nossa gestora do fundo de previdência”, revela Célio. Por sua assessoria, o ex-prefeito emitiu o Certificado de Re­gu­laridade Pre­videnciária da cidade. O atual prefeito, Cristóvão Tormin (PSD), completou as informações, esclarecendo que em sua gestão não houve nenhum contato por parte da organização fraudulenta e que não existe nenhum tipo de investigação sendo feito atualmente no município.

Nerópolis também foi envolvida nas escutas telefônicas como outro ponto de reunião dos aliciadores com membros do município. De acordo com a transcrição contida no inquérito, havia o interesse da cidade em aplicar nos fundos da organização. O conselho municipal já teria até autorizado a transferência. Em atividade na época estava o ex-prefeito Gil Tavares, que alegou não ter conhecimento sobre qualquer tipo de negociação. De acordo com ele, ninguém da prefeitura foi procurado.

Outro município citado foi Senador Canedo. Uma escuta telefônica entre os “pastinhas” Almir e Luciane evidenciou que o grupo tinha intenções nos recursos da cidade, porém, como o procurador Gilmar Mota buscava informações a respeito dos fundos oferecidos, isso esfriou o interesse da organização.  Uma transcrição telefônica ainda revelou que o lobista Emerson estaria marcando um encontro em Brasília envolvendo Almir e o prefeito de Acreúna, Rogério Sandim, porém, o inquérito não apura se houve ou não esse encontro.

Misael Oliveira, prefeito de Se­na­dor Canedo, respondeu que dessa li­ga­ção saiu apenas uma tentativa de se­duzir a gestão do fundo de previdência do munícipio, e que fracassou. De acordo com ele, a prefeitura foi in­formada pelo procurador Gilmar Mo­ta do contato feito pelos “pastinhas” da organização e nunca cogitou a possibilidade de trocar o banco de investimento. “Senador Canedo não está sendo investigado. A PF nun­ca entrou em contato com a gente sobre esse caso. O que aconteceu foi tentativa de assédio, o que de­ve ocorrer em inúmeras cidades. Nos­so fundo de previdência tem uma ótima saúde e temos todos os do­cumentos que provam isso. In­clusive, no site da Previdência está à disposição de qualquer um os números do nosso fundo”, esclarece o prefeito.



Seis cidades sob olhar mais atento da PF

Seis cidades goianas receberam uma análise mais detalhada da PF: Águas Lindas, Catalão, Formosa, Caldas Novas, Cristalina e Aparecida de Goiânia tiveram, inclusive, tópicos específicos dentro do processo. Em todos esses municípios citados, foram expostos de forma detalhada os investimentos feitos em fundos da organização fraudulenta. No inquérito, consta que em Águas lindas os investimentos foram feitos por Andréa de Fátima Ribeiro Pinto e Thaís Angélica Pires da Rocha, respectivamente, gestora e tesoureira do Fundo de Previdência de Águas Lindas de Goiás (Funpreval) durante o mandato do ex-prefeito Geraldo Messias. Alguns trechos do caderno de contabilidade de Fayed Traboulsi evidenciam os depósitos regulares que a cidade fazia nos fundos Adinvest, Vitória Régia e Conquest, pertencentes ao grupo fraudulento.

O ex-prefeito alegou que todo o corpo diretivo do Funpreval é separado da Prefeitura, e que esta não sabia que as aplicações estavam sendo feitas em fundos não autorizados pelo Banco Central. “A verdade é que existe uma verdadeira corrida entre os bancos, até particulares, para garantir esse dinheiro da Previdência. Às vezes, um banco que parece idôneo pode complicar. Investir esse dinheiro é uma questão muito delicada”, comenta. Em Catalão, foi investigada uma transação que retirou recursos da Previdência municipal investidos no Banco do Brasil e repassou para os fundos Adinvest, Vitória Régia, Ático Florestal e Ático Imobiliário. De acordo com os autos do inquérito, essa transação resultou em forte desvalorização dos patrimônios.

Foram investigados pelas aplicações Cristiano de Sá Freire Lefreve — superintendente do fundo de previdência da cidade em 2012 —, Ronaldo Ribeiro — superintendente a partir de 2013 — e Eva Marques de Oliveira — chefe do departamento financeiro do fundo previdenciário.

O prefeito de Catalão, Jardel Sebba, decidiu se pronunciar por nota oficial emitida pela prefeitura. Nela, ele reafirma que só fez investimentos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, e não foi contatado em nenhum momento pela pessoa referida no inquérito como Jamil. Ele ainda ressalta que seu sobrinho, Jamil Sebba (possivelmente a pessoa referida nas ligações telefônicas) não exerce nenhum cargo na prefeitura de Catalão e jamais encaminhou ao prefeito qualquer assunto de natureza administrativa ou financeira.

Na cidade de Formosa, o inquérito aponta que desde março de 2012 houve uma clara migração dos investimentos do Banco do Brasil, Itaú, CEF e Bradesco para os fundos Diferencial, Eslovênia, Elo e Vitória Régia, ligados à organização investigada. Os investimentos correspondem aos oferecidos pela consultoria Invista Investimentos Inteligentes, um dos maiores alvos da investigação.

Aparecida de Goiânia, por sua vez, teve uma aplicação investigada, em 2012, quando R$ 9 milhões fo­ram investidos no Adinvest, sendo declarado em outro fundo de investimento: Bradesco Top Tí­tu­los Públicos. O responsável apontado pelo inquérito foi Sebastião Ra­moncito Nunes, na época, presidente da AparecidaPrev.

Também por nota pública, o prefeito da cidade, Maguito Vilela, comunicou que exonerou Nunes do cargo assim que soube do ocorrido. Ele ainda esclareceu que é determinação da prefeitura que todo dinheiro seja investido em fundos administrados pelo Banco do Brasil ou pela Caixa Econô­mica Federal.

A assessoria de comunicação de Maguito relatou que a cidade não está sendo investigada pela Polícia Federal e que, por determinação do prefeito, foi solicitado o resgate de 100% do dinheiro que se encontra no fundo Adinvest. Porém, uma medida interna autoriza a retirada apenas 1.470 dias após o pedido. A operação está sendo analisada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).

Os investimentos realizados pela cidade de Caldas Novas também foi analisado pelo inquérito. Foram divulgadas aplicações do município nos fundos Leme Multisetorial, Renda Fixa Eslo­vê­nia, Elo, Eco Hedge Fim, Adinvest, Á­tico Participações, Ático Florestal e Ático Imobiliário. O gestor do fun­do, Marcelo Rodrigues de Godoy, e o secretário-executivo Leomar Alves da Cruz foram os responsáveis pelas aplicações do Caldasprev.  Uma anotação feita por Fayed Traboulsi em seu caderno de contabilidade confirmou o pagamento de propina destinada a alguém da cidade.

O ex-prefeito da cidade Ney Viturino negou que a prefeitura tinha participação nas aplicações. Ele ressalta que o trabalho feito pela gestão do Caldasprev é pleno e independente e que não passava pela prefeitura. “Nós não participávamos de nenhum processo do Caldasprev. Essas questões eram resolvidas com os gestores e a consultoria financeira do fundo”, revela Ney.

O atual prefeito, Evandro Magal  (PP), comunicou pela assessoria que a cidade está contribuindo com as investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal na cidade. A prefeitura colocou à disposição da PF todos os documentos necessários para a averiguação do caso.

Diálogos gravados levantaram suspeitas

Em Cristalina, a operação evidenciou irregularidade nas prestações de informações relativas aos investimentos feitos pelo Regime Próprio e Assistência Social dos Ser­vidores de Cristalina (Fun­cristal), além de aplicações nos fundos pertencentes à organização investigada. O fundo previdenciário da cidade, orientado pela Invista, aplicou na Adinvest, no Renda Fixa Eslovênia e no Elo, no período de janeiro de 2012 a abril de 2013. De acordo com o inquérito, as aplicações, além de não terem sido devidamente comunicadas ao órgão fiscalizador da cidade, estavam em desacordo com as resoluções do Conselho Monetário Nacional.

Os autos apontaram a gestora Rosimaire Attié e o membro do comitê financeiro José Carlos de Andrade como responsáveis pelas transações. Além da desvalorização do patrimônio do fundo, vários outros prejuízos se deram em razão de resgates feitos antecipadamente, de modo que teriam que pagar taxas de carência sob cada saque.

Paulo Goiás, advogado do prefeito Luiz Carlos Attié, declarou que o inquérito não investiga nem cita seu cliente nos autos. De acordo com ele, o prefeito não teve nenhuma ligação com as transações feitas para os fundos irregulares, lembrando que a Funcristal é administrada por uma autarquia independente. Paulo revelou também que a prefeitura disponibilizou todos os documentos e arquivos para ajudar na investigação que está sendo feita pela Polícia Federal na cidade.

A gestora Rosimaire não quis falar com a reportagem e delegou Paulo para responder por ela. De acordou com ele, os investimentos só foram feitos nos fundos citados porque na carteira deles constavam título do Banco Rural e do Banco BVA, que eram vistos pelas empresas de consultoria com um nível baixíssimo de risco. Além disso, ele alegou que só existem investimentos da Funcristal na Adinvest e negou que tenham existido aplicações em fundos fantasmas.

“Nos bancos usados pela Fun­cristal existiam vários outros investimentos, inclusive de grandes bancos e empresários do País. Já vi caso de um banco particular perder R$ 300 milhões”, comentou o advogado.

As demais cidades não tiveram um capítulo à parte, porém, receberam destaque nas análises da Polícia Federal. Na cidade de Montividiu, o gestor pela Previdência Social dos Funcionários Públicos Municipais (Previm), Gesmar Alves do Santos, teve inúmeras conversas com o “pastinha” Almir, em que ajustavam a documentação para consolidar a transferência dos investimentos, como pode ser visto nesse trecho da transcrição do inquérito:

(...) (2106/2013)
ALMIR — Diga, meu chefe, beleza?
GESMAR — Bom dia! Bom, e você?
ALMIR — Rapaz, você é eficiente demais, viu? Fala pro marido da prefeita que você merece um aumento.
GESMAR — (risos) Estou correndo atrás disso também
ALMIR — Ela vai estar aí hoje?
GESMAR — Vai.
ALMIR — Ah, vou falar com ele hoje ou amanhã de manhã. Deixa eu te falar: tira uma cópia desse decreto e reconhece firma, aí me manda uma cópia com firma reconhecida escaneada.
GESMAR — A cópia reconhecida firma? Ela mandou foi a original, cópia do original, entendeu? Ela escaneou a original.
ALMIR — É, eu vi, o que é que eu peço uma gentileza sua. Tira uma cópia, leva a original e a cópia lá e reconhece, autentica, aliás, autentica a cópia conforme a original e manda escaneado o documento.
(...)

O inquérito ainda apura que os investimentos foram feitos sem uma análise prévia e as transações não se enquadram nas resoluções do Conselho Monetário Nacional.

A prefeita da cidade, Suely Gonçalves Cruvinel, preferiu se pronunciar somente com a nota oficial emitida pela prefeitura. A nota diz que a prefeitura recebeu a Polícia Federal na cidade para averiguar as fraudes e está auxiliando as investigações da PF com o fornecimento de documentos. Ainda de acordo com a nota, o gestor envolvido, Gesmar Alves do Santos, também está contribuindo.

Da mesma maneira, aparecem nos autos a cidade de Silvânia. No inquérito consta que as “pastinhas” Fernanda e Cíntia agenciaram os investimentos da Previdência municipal para os fundos da organização. Elas faziam várias visitas à cidade, e em uma delas, foram resolver uma questão de um cheque sem fundos que foi repassado para prefeita Gilda Naves, oferecido como uma vantagem financeira indevida. Em um diálogo entre Fayed e Luciane, outra “pastinha”, fica evidente o ocorrido:

(...) (27/11/2012)
LU — E o seu rolo com a Fernanda? Ela vai conseguir acertar com você?
FAYED — Ela tem que conseguir, senão eu vou vender a casa dela.
LU — E os 30 mil que você adiantou aquela vez?
FAYED — Pois é. Elas pagaram, ela (Fernanda) e a Cíntia, responsabilidade metade de cada um, pra dar pro prefeito de Silvânia, que a mulher ia fazer, mas não fez depois, depositei o cheque, voltou duas vezes, depois ela falou pra mim, foi nessa semana, que está indo para Goiânia agora, saiu de lá, foi para Goiânia, para pegar e trazer o dinheiro.

(...) (22/11/2012)
Outra escuta, dessa vez no diálogo entre Fayed e Fernanda, é relatado o problema com o cheque sem fundo repassado pela prefeita.
(...)

FAYED — Tá. Mas aí você passa então naquela cidade de Silvânia porque o cheque da mulher voltou tá?
FERNANDA — Voltou por fundos?

FAYED — Voltou. Cheguei agora de São Paulo e já me deram essa notícia.
FERNANDA — Vou ligar para ela agora.
(despedem-se)

A prefeita citada nos autos, Gilda Naves, revelou não ter conhecimento nenhum sobre esse cheque e não quis aprofundar no assunto. A entrevista foi interrompida por uma queda na ligação e posteriormente, outras ligações foram feitas sem sucesso.
Em Pires do Rio e Itaberaí, os prefeitos também foram envolvidos diretamente nas escutas telefônicas. Luiz Eduardo Pitaluga, mais conhecido como Gude, se reuniu com o “pastinha” Almir. O encontro foi intermediado por Emerson, e por meio de uma escuta entre Almir e um agenciador não identificado fica evidente a marcação do encontro.

(...) 21/06/2013
ALMIR — E aí, beleza?
HNI — (homem não identificado): Oi, Almir, tudo bem? Eu estou com o prefeito na linha(...)
ALMIR — Deixa eu te falar, onde ele está agora?
HNI — Em Pires do Rio.
ALMIR — Tá, é o seguinte. Eu vou passar por Goiânia daqui 1 hora, entendeu? (...)
HNI — Tá, ele tá perguntando se pode ser mais...depois, tipo assim, 7 horas da noite.

ALMIR — Melhor, para mim é melhor.
HNI — Então deixa eu confirmar que ele está na linha.
HNI (escuta-se HNI perguntar) — Que horas o senhor pode vim? Tá, então espera aí. (volta a falar com Almir). Ele chega 8 horas em Goiânia.
ALMIR — Tá bom. Beleza!
HNI — Está marcado?
ALMIR — Está marcado! Falou abraço!
HNI — (escuta-se HNI falar ao fundo) — Prefeito, o senhor vai gostar muito, tá? Tá ótimo! Está combinado, então. Meus parabéns pelo evento de hoje, viu? Um abraço.
(...)

Após essa reunião, outro encontro é marcado em Brasília. Na transcrição feita no inquérito, o prefeito de Pires do Rio liga para Almir para se encontrarem na capital federal:

(...) 27/06/2013
ALMIR — Prefeito!
PREFEITO — Ô Almir, bom dia!
ALMIR — Bom dia! Tudo bem?
PREFEITO — Bom. Irmão, estou entrando em Brasília, eu não conheço bem essa...eu conheço só mais o caminho lá dos ministérios. Agora, quadra 15 é Lago sul?(...)
ALMIR — É na 19, quadra 19, ali no Lago sul. Aquela lateral como quem vai para o...o do aeroporto, ali no Lago sul, diretão.
PREFEITO — Sei. Aí é o seguinte. Lá é hotel?
ALMIR — Não, não. É uma casa.
(...)
PREFEITO — Então está bom. Eu estou uns 5 minutos mais ou menos do aeroporto já, tá?
ALMIR — Falou então, abraço.
(fim)

Em Itaberaí, o lobista Idailson intermediou o encontro entre o prefeito Roberto da Silva e o mesmo “pastinha” que negociava com Pires do Rio, Almir. Na escuta telefônica entre Idailson e Almir, fica evidente a ligação:

(...) 02/07/2013
ALMIR — Oi, fala!
IDAILSON — E aí, tudo bem?
ALMIR — Beleza.
IDAILSON — Estou com o prefeito de Itaberaí aqui!
ALMIR — Ham.
IDAILSON — Olha aí para mim o que é que tem e eu vou marcar um encontro para vocês dois.
ALMIR — Então beleza. Vou olhar agora e te ligo em cinco minutos.
IDAILSON — Olha e me liga aqui agora. Estou com ele. Ele é assim, é meu. Para onde eu falar ele vai.
ALMIR — De Itaberaí, né?
IDAILSON — Itaberaí. Só que o secretário de finanças dele lá é do Banco do Brasil. É um cara que você tem que ter uma visão esperta.
(...)

Ocorreram outras ligações, inclusive diretamente entre o prefeito e Almir:

(...) 03/07/2013
ALMIR — Alô!
ROBERTO — Alô,  é o Roberto Silva. Você me ligou?
ALMIR — Opa, liguei. Aqui é o Almir, tudo bem? Amigo do Idailson da Casa Civil lá.
ROBERTO — Ô, tudo bem Almir?
ALMIR — Tudo bem. Ele pediu para eu dar uma ligada para o senhor, ver se o senhor tinha um tempinho. Eu estou aqui em Goiânia, mas volto hoje.
ROBERTO — Hoje no final da tarde, pode ser? Depois das 18 horas?
ALMIR — Pode ser. Umas 20 horas eu te ligo então.
ROBERTO — Combinado. Aguardo então, tá?
ALMIR — Abraço.
ROBERTO — Outro. Tchau, tchau!
(fim)

A continuação do inquérito relata vários contatos dentre os prefeitos de Pires do Rio e Itaberaí com lobistas e pastinhas que atuavam pela organização fraudulenta. É detalhado a relação que ambos os lados estabeleceram durante o tempo de negociações. Ao fim do inquérito, na conclusão, foi pedida a prisão temporária dos prefeitos de Pires do Rio, Eduardo Pitaluga, e de Itaberaí, Roberto da Silva.

Ao todo, 13 pessoas envolvidas foram incluídas no pedido de prisão temporária. Juntamente com os dois prefeitos estão: Samuel Belchior, deputado estadual; Andréa de Fátima Ribeiro Pinto, ex-gestora dos fundos de previdência de Águas Lindas; Taís Angélica Pires Da Rocha, ex-tesoureira dos fundos de previdência de Águas Lindas; Cristiano Sá Freire Lefreve, gestor dos fundos de previdência de Catalão; Abílio de Siqueira Filho, gestor de fundos de previdência de Formosa; Gesmar Dos Santos Alves, gestor de fundos de previdência de Montividiu; Leomar Alves Da Cruz, ex-secretário executivo de fundos de previdência de Caldas Novas; Marcelo Rodrigues de Godoy, ex-gestor de fundos de previdência de Caldas Novas; Rosi­mai­re Attié, gestora de fundos de previdência de Cristalina; Sebastião Romancito Nunes, presidente de fundos de previdência de Aparecida de Goiânia; e Khayo Eduardo Pires de Oliveira, diretor financeiro de fundos de previdência de Aparecida de Goiânia.  

FONTE: Blog do Sombra

Embaixadora alemã no Iêmen escapa de sequestro


Policiais iemenitas chegam ao local onde a embaixadora da Alemanha no país sofreu uma tentativa de sequestro em 6 de outubro de 2013

A embaixadora da Alemanha no Iêmen escapou, neste domingo, de uma tentativa de sequestro que terminou com a morte de um de seus seguranças, informou uma fonte diplomática ocidental.
O guarda-costas morreu ao resistir à tentativa de sequestro da embaixadora Carola Muller-Holtkemper, numa loja do bairro diplomático de Hadda, em Sanaa, capital do país.
Num primeiro momento, uma fonte de segurança iemenita indicou que um alemão que trabalhava na embaixada foi morto por homens armados na saída de uma loja do bairro diplomático.

EUA capturam líder da Al-Qaeda após operações na Líbia e Somália


Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em encontro com o colega líbio, Ali Zeidan, em 26 de setembro de 2013Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em encontro com o colega líbio, Ali Zeidan, em 26 de setembro de 2013Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em encontro com o colega líbio, Ali Zeidan, em 26 de setembro de 2013Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em encontro com o colega líbio, Ali Zeidan, em 26 de setembro de 2013Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em encontro com o colega líbio, Ali Zeidan, em 26 de setembro de 2013

O governo dos Estados Unidos prometeu seguir combatendo os extremistas neste domingo, após duas operações especiais no sábado contra líderes islamitas suspeitos de atos terroristas, um na Líbia, onde foi capturado um chefe da Al-Qaeda, e outra na Somália contra os rebeldes shebab.
O porta-voz do Pentágono, George Little, confirmou no sábado à noite que membros das forças especiais americanas capturaram na Líbia Abu Anas al-Libi, um dos supostos líderes da Al-Qaeda, procurado por Washington sob a acusação de ter desempenhado um papel importante nos atentados contra as embaixadas americanas na Tanzânia e Quênia em 1998.
O detido está sob poder do Exército americano em um "local seguro, fora da Líbia", segundo o porta-voz.
A operação foi aprovada pelo presidente Barack Obama, segundo o porta-voz. Al-Libi, 49 anos, é processado por um tribunal de Nova York por ser membro da Al-Qaeda.
Após a operação, o secretário de Estado americano John Kerry afirmou que o país "jamais deixará de perseguir culpados por atos de terrorismo".
"Nós esperamos que isto deixe claro que os Estados Unidos de América jamais cessarão os esforços para prender os culpados pela execução de atos de terrorismo", disse em Bali, Indonésia.
Líbia pede explicações
Neste domingo, o governo líbio pediu explicações sobre a operação aos Estados Unidos e afirmou que não estava a par da operação militar que resultou na captura de Abu Anas al-Libi no sábado.
O canal CNN, que citou uma fonte do governo, havia informado que o governo de Trípoli tinha conhecimento da operação, realizada a plena luz do dia na maior cidade líbia.
A captura encerra uma busca de mais de 13 anos.
Abu Anas al-Libi, cujo verdadeiro nome é Nazih Abdul Hamed Al Raghie, de 49 anos, foi membro do Grupo Islâmico de Combate Líbio (GICL) antes de se incorporar à Al-Qaeda. Ele estava na lista de pessoas mais procuradas pelo FBI, que oferecia uma recompensa de cinco milhões de dólares por sua captura.
Agora, Al-Libi pode ser julgado nos Estados Unidos.
Operação contra os shebabs da Somália
Outra operação foi realizada na Somália na madrugada de sexta-feira para sábado contra um líder islamita shebab, mas as autoridades não confirmaram se este foi capturado ou assassinado.
"Posso confirmar que em 4 de outubro militares americanos participaram em uma operação antiterrorista contra um conhecido terrorista shebab", disse Little.
Segundo uma fonte do governo entrevistada pelo New York Times, provavelmente o dirigente shebab morreu, mas as forças especiais foram obrigadas a deixar o local sem condições de confirmar o óbito.
O governo somali manifestou apoio à intervenção. O primeiro-ministro Abdi Farah Shirdon disse que o Executivo coopera com os "sócios estrangeiros na luta contra o terrorismo" e que a colaboração não era segredo".
"Nosso principal interesse é ter uma Somália em paz, livre do terrorismo", completou.
A operação representa a intervenção mais importante dos Estados Unidos na Somália desde a morte, há quatro anos na mesma região, do dirigente da Al-Qaeda Saleh Ali Saleh.
A ação acontece alguns dias depois do ataque ao shopping de luxo Westgate de Nairóbi, Quênia, reivindicado pelos shebab e que matou pelo menos 67 pessoas.
As milícias shebab anunciaram que foram atacadas na madrugada de sexta-feira para sábado por forças especiais britânicas e turcas. O alvo foi uma de suas bases no porto somali de Barawe (sul), um dos poucos ainda sob controle dos insurgentes.
O porta-voz dos shebab, Abdulaziz Abu Musab, citou um morto no grupo e "numerosas vítimas" no grupo que atacou a região.
Londres e Ancara negaram participação na operação.
Apesar dos reveses militares infligidos pelo Exército etíope e a força da União Africana aos shebabs os últimos dois anos no centro e sul da Somália - país em guerra civil desde 1991 -, os islamitas ainda controlam amplas zonas rurais.