MUNDO
O Exército de Israel fez "ataques direcionados contra alvos militares" no Irã na madrugada de sexta-feira para sábado (26/10).
A mídia estatal iraniana afirmou que várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã.
Bases militares no oeste e no sudoeste da capital iraniana foram os alvos principais, de acordo com uma agência de notícias iraniana próxima à Guarda Revolucionária do país.
O exército do Irã disse que quatro soldados foram mortos durante as operações.
Os Estados Unidos foram avisados previamente dos ataques. Mas o Pentágono garantiu que os EUA não têm participação no ataque.
As forças israelenses afirmaram que, "como qualquer outro país soberano do mundo", o país teria "o direito e o dever de responder" a ataques que "o regime do Irã e seus representantes na região" têm realizado contra Israel desde 7 de outubro de 2023.
Nessa data, o grupo palestino Hamas realizou vários ataques a Israel, matando aproximadamente 1.200 pessoas e levando cerca de 250 reféns para Gaza.
Desde então, em retaliação, os ataques de Israel ao território palestino já deixaram mais de 42.840 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, gravou um vídeo anunciando os ataques contra o Irã nesta sexta.
Posição dos Estados Unidos
Os EUA pediram que o Irã não retalie os últimos ataques israelenses.
"Se o Irã decidir responder mais uma vez, estaremos prontos, e haverá consequências para o Irã", aponta uma declaração de altos funcionários do governo de Joe Biden.
"Este deve ser o fim da troca direta de tiros entre Israel e Irã", continua a declaração, que acrescenta que Washington estava preparado para "liderar um esforço que garantisse o fim da guerra no Líbano" e tentar alcançar um cessar-fogo em Gaza, juntamente com o retorno dos reféns israelenses.
O governo Biden disse que Israel tem o direito de se defender e de responder ao ataque iraniano realizado no início de outubro.
Mas o presidente dos EUA disse a Israel que não apoiaria um ataque contra as instalações nucleares do Irã, por preocupações de que isso desencadearia uma nova escalada no conflito.
Biden também sugeriu que os americanos não apoiariam um ataque israelense à infraestrutura de petróleo do Irã.
"Se eu estivesse no lugar [de Israel], pensaria em outras alternativas além de atacar os campos de petróleo iranianos", afirmou Biden em 4 de outubro.
Este mês, o presidente americano também pediu que Israel fosse proporcional em sua resposta aos ataques do Irã.
Fonte: bbc
Nenhum comentário:
Postar um comentário