terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Senado debate obrigatoriedade de vacinação contra Covid-19 em crianças

 BRASIL

Ao lado de Luiz Carlos Heinze (2º à esq.), Eduardo Girão presidiu a sessão temática
Pedro França/Agência Senado 


O plenário do Senado Federal realizou nesta segunda-feira (26) uma sessão temática para debater a obrigatoriedade da vacina da Covid-19 em crianças, após inclusão do imunizante no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. O evento foi solicitado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Durante o debate, os participantes questionaram a eficácia das vacinas para o público infantil e defenderam a ampliação de estudos para adoção ou não dos imunizantes. O cardiologista norte-americano Peter McCullough afirmou que as vacinas não impedem a transmissão ou hospitalização. Para ele, a imunização contra covid-19, em todas as idades, deveria ser interrompida.

O Ministério da Saúde incluiu no ano passado a imunização contra a doença no Calendário Nacional de Vacinação Infantil para crianças abaixo de cinco anos (de seis meses até quatro anos e 11 meses) com a vacina da Pfizer. O esquema vacinal é composto por três doses e a obrigatoriedade começou a valer a partir de janeiro deste ano.

O médico infectologista Francisco Cardoso criticou a decisão do Ministério, e disse que a medida se baseia em poucos estudos direcionados para a faixa etária até 5 anos de idade. No documento, o órgão afirma que, em 2023, os casos de síndrome respiratória aguda gGrave (SRAG) por covid-19 foram mais frequentes entre idosos com 80 anos ou mais e crianças menores de um ano de idade.

"Neste momento, o Brasil é o único país do mundo que obriga a vacinação contra covid-19 na faixa etária de seis meses a cinco anos", disse Cardoso.

Já o médico italiano Andrea Stramezzi afirmou que a obrigatoriedade da vacina é um problema principalmente para crianças mais pobres no Brasil, que têm menos recursos e dependem do sistema público de saúde e de ensino. "As crianças ricas não terão problemas de ir para escolas privadas, pagar taxas ou qualquer outra cobrança. Elas podem fazer o que elas quiserem, elas têm acesso a médicos, mas eu realmente acredito e penso nessas crianças pobres", declarou Stramezzi.

Fonte:Gazeta do Povo 


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