domingo, 8 de outubro de 2023

O Botafogo Voltou!

 FUTEBOL

Glorioso reencontra consagrado estilo do 1º turno e quebra longa invencibilidade do Fluminense como mandante

Crédito imagem: Metrópoles 

O torcedor alvinegro passou muitas semanas de aflição desde que Bruno Lage assumiu o comando da equipe. Na primeira partida pós-demissão do português e a efetivação do ex-auxíliar Lúcio Flávio, algo pedido pelos próprios atletas, o Botafogo retomou a sua maior caractéristica na brilhante campanha que faz no Brasileirão 2023. Não deve ser obra do acaso.


Se este nível e estilo de atuação vai se manter, só as próximas rodadas demonstrarão. Mas a atuação no reencontro com a vitória foi sintomática. O Fluminense teve muitos problemas defensivos, desde as recomposições até a coordenação da última linha para proteger a profundidade adversária. Não perdia como mandante há 26 jogos.


Escalações


Fernando Diniz só teve o desfalque de Felipe Melo e não preservou nenhum de seus titulares depois da épica classificação para a final da Libertadores. Marlon entrou na zaga. Ele optou pelo retorno do 4-4-2, com John Kennedy na frente, e Ganso como segundo homem de meio. Alexsander foi para o banco.


Já Lúcio Flávio retomou a base titular do Botafogo em boa parte do campeonato. Di Plácido voltou a ser titular na lateral-direita e Tchê Tchê foi para o meio-campo. Diego Costa foi o desfalque por suspensão.

O jogo

Se a vaga na final da Libertadores poderia dar mais leveza ao Fluminense, e o momento ruim antes da bola rolar traria cautela ao Botafogo na visão de muitos, os primeiros segundos já mostraram o contrário. Antes de uma volta completa do ponteiro maior, o Glorioso tinha chegado com perigo com Junior Santos e Eduardo.


O ponta pela direita foi a principal ferramenta da equipe para reencontrar aquilo que vinha faltando. A volúpia com a bola! Chegar na área adversária em poucos passes, objetividade, movimentos coordenados de ataque à profundidade. Força, velocidade e imposição. Esse foram pontos altos do Botafogo na 1ª etapa.

A marcação ajustada e forte na saída de bola tricolor foi outro. Ela se fez presente até o placar ser aberto em lance com a ''cara'' deste Botafogo - passe em profundidade para Junior Santos marcar - e causou muitos problemas a um confuso Fluminense. O Tricolor tinha agressividade também, mas errava muito na parte tática. A começar por não conseguir oferecer tantas linhas de passe aos zagueiros e André ou Marcelo, que se revezaram na saída entre Nino e Marlon. Outro pecado foi a demora para reagir ao perder a bola ou a pouca pressão ao adversário com a posse. Com a última linha bem avançada, o Glorioso, explorando novamente o espaço às costas da zaga, chegou ao segundo gol rapidamente.


Diniz deu uma bronca gigante em sua equipe na parada para hidratação. Sacou Marlon e pôs Alexsander antes dos 30 minutos. André foi recuado para a zaga. Ganso passou a ser apupado por parte da torcida presente. O clima ficou tenso, mas a resposta do time em campo foi positiva.

O Botafogo recuou com os dois gols de vantagem, viu sua dupla de volantes receber cartões amarelos, e perdeu força de combate. Com Marcelo bem livre para flutuar pelo campo, aproximações no setor da jogada e entendimento entre as peças no campo rival, o Fluminense poderia ter ao menos diminuido o placar antes do intervalo.


Muito exigido, já que o rival insistia bastante em seu setor, Di Plácido fez jogo seguro e ainda se somou ao ataque com qualidade. Já Marcelo, alvo constante dos ataques alvinegros, sofria bastante para recompor a tempo em sua posição. Keno o auxiliou, mas a marcação pelo lado esquerdo da defesa era novamente um problema para o Tricolor.


Ganso foi sacado por Diniz no intervalo e Lima entrou. Lúcio Flávio não mexeu, mas o Botafogo corrigiu a compactação defensiva problemática da reta final do 1º tempo e seguiu apostando em contragolpes. Em ritmo naturalmente mais baixo, o Tricolor teve uma quebra no volume ofensivo e permanecia exposto.


Marcelo ganhou ainda mais liberdade após a entrada de Diogo Barbosa no lugar de Keno. Passou a jogar na meia-direita, sem precisar recompor na lateral-esquerda. Dos pés dele saíam as melhores ações ofensivas do Fluminense, mas a parte física pesou e Léo Fernández o substituiu. Yony González foi mais um a aumentar a carga ofensiva tricolor ao sair do banco. Samuel Xavier saiu.

A resposta alvinegra foi por manter a velocidade para contra-atacar. Além da saída de Tchê Tchê, sentindo um problema muscular e dando lugar a Gabriel Pires, Lúcio Flávio optou por Carlos Alberto e Luís Henrique nas vagas dos pontas titulares.

O Glorioso controlou a tentativa de pressão do Fluminense com tranquilidade e segurança, e ainda pareceu mais perto do terceiro gol. Luis Henrique e Gabriel Pires obrigaram Fábio a fazer boas defesas nos últimos minutos. Pela segunda vez neste Brasileirão, o Botafogo foi ao Maracanã na condição de visitante e venceu um clássico.


FONTE: GE

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