BRASIL
Defesa aponta "ciúmes" por parte da família de servidor aposentado da Câmara dos Deputados, que contratou três empréstimos consignados para chegar à quantia
Eliene é investigada por estelionato amoroso. Porém, segundo a nota, os filhos do idoso, “com muito ciúmes, causaram toda essa situação alarmante”. REPRODUÇÃO/ FACEBOOK
A defesa da mulher de 34 anos, que recebeu cerca de R$190 mil do namorado de 84 no Distrito Federal, disse que as transferências se tratam de doação. Em nota, divulgada pelo site Metrópoles neste sábado, o advogado dela negou que o dinheiro, enviado via Pix pelo idoso entre os meses de março e julho deste ano, seja fruto do crime de estelionato amoroso e alegou "ciúmes" por parte dos familiares. O homem, um servidor aposentado da Câmara dos Deputados, chegou a contratar três empréstimos consignados para conseguir a quantia.
“Não se trata de pessoa estelionatária. Ela era funcionária e recebeu uma doação de 139 mil reais”, diz o comunicado, que também destaca "muito ciúmes" por parte dos filhos do homem teria causado "toda essa situação alarmante". Nesta sexta-feira, familiares do idoso registraram um boletim de ocorrência contra a mulher na Decrin, delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) especializada em crimes contra pessoa idosa. Os dois, supostamente, mantinham um relacionamento.
Entenda o caso
Um idoso de 84 anos foi interditado pelos filhos, na última terça-feira, após transferir cerca R$190 mil para a namorada, entre os meses de março e julho deste ano, no Distrito Federal. O valor foi enviado para a conta bancária da filha da mulher de 34 anos, que mantinha relacionamento com o idoso. O pedido de interdição foi deferido pela 2ª Vara de Família de Águas Claras e divulgado pelo Metrópoles.
Servidor aposentado da Câmara dos Deputados, o idoso contratou três empréstimos consignados para chegar à quantia de R$190 mil. As prestações dos empréstimos chegam a R$ 8,3 mil por mês. Além disso, ele também teria feito uma compra no valor de R$27 mil em um cartão de crédito, após o início do relacionamento com a mulher.
No processo, segundo o Metrópoles, a família alegou que a namorada “tem causado abalo financeiro” na vida do idoso e apresentou atestado de “transtorno de personalidade paranoide e transtorno neurocognitivo maior ou demência”. Os filhos disseram ter conversado com ele, que, no entanto, teria respondido que continuaria o relacionamento e as transferências financeiras.
Com a decisão, qualquer ato patrimonial do idoso passa a depender do consentimento de um dos filhos.
Ainda de acordo com o Metrópoles, a juiza Maria Luisa Silva RIbeiro considera que “restou demonstrado que a renda mensal do réu é de aproximadamente R$ 18.000,00; que, entre os meses de março e julho do ano em curso, ele realizou transferências que superaram a quantia de R$ 190.000 e que contraiu três empréstimos consignados, cujas prestações mensais somadas superam o valor de R$ 8.300, o que indica um comprometimento patrimonial significativo que pode levar ao esvaziamento patrimonial”.
O GLOBO
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