MUNDO
O presidente Lula (PT) se encontrou, nesta terça-feira, com Alberto Fernández, presidente do país vizinho
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, desembarcou na tarde desta terça-feira (2) em Brasília, acompanhado de uma péssima notícia para ele: as reservas cambiais brutas argentinas bateram seu mais baixo patamar dos últimos anos, e o mais baixo desde que Fernández iniciou seu mandato.
Desconfia-se de que as reservas líquidas já estejam abaixo de zero, o que ameaça o pagamento de importações. Um claro cenário do célebre tango argentino “Cuesta Abajo”, ou “ladeira abaixo”, de Carlos Gardel.
É para frear essa escorregada rumo a um novo abismo financeiro que o presidente Lula (PT) pretende abrir crédito para que o país vizinho compre produtos brasileiros.
Buenos Aires não tem acesso a dólares por vários motivos, entre os quais dois dos maiores calotes da história mundial em menos de 30 anos. Mas o principal motivo é uma política fiscal típica de populistas peronistas, que levaram nosso mais importante vizinho à assombrosa taxa de inflação de 100% ao ano.
O presidente Fernández visitou Lula na cadeia. Foi o primeiro a vir ao Brasil depois da vitória eleitoral do petista, que considera uma espécie de “obrigação moral” oferecer uma linha de salvação ao amigo.
Para isso, fala do Banco dos BRICS, agora presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), usado no passado para emprestar dinheiro a ditaduras amigas.
Que ninguém se iluda: a garantia dos créditos para a Argentina não é “Soy yo, Lula”. É o contribuinte brasileiro, via Tesouro Nacional.
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