terça-feira, 9 de maio de 2023

Anderson Torres depõe à Polícia Federal nesta tarde no caso das blitzes da PRF

 POLÍTICA 

A suspeita é de que ele tenha ordenado que corporação dificultassem locomoção de eleitores de Lula

Foto: redacao@odia.com.br (Agência Brasil)
Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres deve depor, na tarde desta segunda-feira 8, à Polícia Federal (PF), em Brasília. A oitiva está prevista para começar às 14h30 e ocorre no âmbito do inquérito que apura a suspeita de que, durante as eleições de 2022, parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuou para dificultar o acesso às urnas de eleitores de regiões onde o então candidato da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva, tinha vencido o primeiro turno.

Torres é suspeito de, à frente do ministério, ao qual a PRF é subordinada, ter agido para que a corporação alterasse seu planejamento operacional para as eleições, intensificando a fiscalização em rodovias do Nordeste.

Os advogados do ex-ministro disseram que ele apenas foi para a Bahia porque atendeu a um pedido do diretor-geral da instituição, Márcio Nunes. Segundo a defesa, Torres visitou a obra da Superintendência no estado e não falou sobre o planejamento da PF para as eleições, negando ter ordenado que a PF baiana atuasse junto com a PRF na fiscalização de rodovias.

"O depoimento ocorreu dentro da normalidade. Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados", destacou Eumar Novacki, advogado de Torres, em comunicado obtido pelo jornal O Globo.

Torres e o depoimento

Torres deixou o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF para se apresentar à PF, prisão onde está detido desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas que ocorreram dia 8 daquele mês.

O depoimento de Anderson Torres deveria ter acorrido em 24 de abril, no entanto, foi adiado, após a defesa do ex-ministro alegar uma "piora" no estado de saúde dele.

Após determinar a nova data, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Torres foi "devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas", e que ele "tem tido acompanhamento médico frequente".



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