TECNOLOGIA
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, na abertura da exposição Digital Day, no Salão Negro do Congresso Nacional| Foto: Cleverson Oliveira/Ministério das Comunicações
Com a análise do edital do 5G agendada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério das Comunicações acredita que a publicação do documento deve ocorrer até o início de setembro, abrindo caminho para a realização do leilão das frequências que vão suportar a tecnologia 5G no país. A estimativa tem como base prazos de cinco dias para a devolução do edital à Agência Nacional de Telecomunicações após a votação no TCU e de outros sete dias para publicação após o recebimento, indicados pelo presidente da Anatel ao ministro Fábio Faria — caso o texto seja aprovado sem a necessidade de eventuais ajustes.
Em recente coletiva de imprensa, o ministro afirmou que está mantida a expectativa de que todas as capitais brasileiras tenham 5G até meados de 2022 e parte delas ainda em 2021, mesmo com o atraso observado. Originalmente, o Ministério das Comunicações defendia que o leilão sairia neste mês de julho. Os planos da pasta, entretanto, foram frustrados pela demora na análise da minuta do edital, que se estendeu para além do esperado no TCU.
Segundo Fábio Faria, "as próprias empresas de telecom tem nos garantido que as obrigações do edital (colocar 5G nas 27 capitais até julho do ano que vem) estão mantidas; inclusive podemos ter até o final deste ano já algumas capitais com 5G standalone [erguida do zero, totalmente independente do 4G] funcionando de acordo com o feedback que eu recebi das empresas", afirmou o ministro.
Segundo o ministério, independentemente de datas limite previstas no edital, há muitas áreas livres do risco de interferências na radiodifusão e ajustes menores na rede seriam suficientes para atender o 5G em algumas localidades.
Sobre o atraso no leilão em comparação com a data esperada pelo governo federal, representantes do setor já se manifestaram sobre uma preferência por processos de avaliação mais extensos e garantias de regras mais claras. O presidente da Telefônica, Christian Gebara, por exemplo, apontou que uma vez definido e realizado o leilão, o sinal do 5G poderá ser ativado em "poucos meses". "Se o leilão for realizado em julho ou em setembro a diferença é mínima", afirmou ele ao jornal O Estado de São Paulo, em abril.
FONTE: GAZETA DO POVO/Cristina Seciuk
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