MUNDO
Alberto do Amaral não vê perspectivas para o fim da pandemia, “em virtude de um governo omisso e da condenação sistemática da ciência, o chamado negacionismo”

O Brasil segue na contramão do mundo um ano após a pandemia de covid-19. Os países do hemisfério norte, como os Estados Unidos, Reino Unido e Portugal, já têm perspectivas de finalizar a pandemia. Nos Estados Unidos, provavelmente em julho ou agosto, final do verão, o país terá condições de imunizar a maior parte da população; o mesmo deverá ocorrer com o Reino Unido e até com Portugal, que adotou um “lockdown” severo. O Brasil, ao contrário, se encontra no auge da pandemia e em situação pior que a registrada em igual período do ano passado.
O número de mortes já passa dos 250.000, isso sem falar dos milhões de contaminados. “Não há perspectiva à vista para o final da pandemia e isto em virtude de um governo omisso e da condenação sistemática da ciência, o chamado negacionismo”, afirma Alberto do Amaral Jr.. Além do mais “o Ministério da Saúde hoje está colonizado por militares sem qualquer conhecimento específico sobre medidas sanitárias”. O Brasil só começou a vacinar após o governo do Estado de São Paulo impor uma data, 25 de janeiro, para dar início à vacinação no Estado, e então o governo federal foi atrás. Por todas essas questões,de acordo com o colunista, o Brasil está hoje na contramão do mundo.
Um Olhar sobre o Mundo A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar toda terça-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.
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