domingo, 27 de setembro de 2020

Protesto em Israel pede renúncia de Benjamin Netanyahu

MUNDO

Mesmo com lockdown imposto por causa da segunda onda de Covid-19, milhares de israelenses protestam em frente à residência do primeiro-ministro.


Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, coloca máscara durante entrevista coletiva nesta terça-feira (8) — Foto: Alex Kolomiensky/Pool/AFP


Milhares de manifestantes protestaram neste sábado (26) nas ruas de Jerusalém, em Israel, em frente à casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Mesmo com as medidas de lockdown impostas por causa dos novos casos de Covid-19, o grupo foi às ruas pedir a saída do premiê, acusado de corrupção.

Netanyahu chegou a pedir um banimento nos protestos sob alegação de que atos públicos podem favorecer a transmissão do coronavírus. No entanto, opositores disseram que isso seria um pretexto para silenciar semanas de manifestações contra o primeiro-ministro (veja mais no fim da reportagem).

Manifestantes protestam contra Benjamin Netanyahu neste sábado (26) em Jerusalém, Israel — Foto: Maya Alleruzzo/AP Photo

Manifestantes protestam contra Benjamin Netanyahu neste sábado (26) em Jerusalém, Israel — Foto: Maya Alleruzzo/AP Photo

Há três meses, uma série de manifestações em Israel pede a saída de Netanyahu por considerar que ele não pode permanecer no cargo enquanto corre processo contra ele por corrupção. Ele será julgado em janeiro de 2021.


Além disso, opositores acusam o governo de dar uma resposta ruim à crise da Covid-19, com Israel vivendo a segunda onda da doença e ainda uma crise econômica gerada pela paralisação das atividades.

Manifestantes deste sábado usaram marcações no chão para manter o distanciamento entre uns e outros. Não há relatos de confrontos ou tumultos durante os protestos. Houve, no entanto, prisões.

Celeuma no governo

Em vídeo publicado neste sábado, Netanyahu defendeu o novo lockdown e reconheceu que o governo cometeu erros na condução da pandemia, mas não mencionou os protestos nem os casos de corrupção pelos quais respondem.

Na gravação, o primeiro-ministro pediu às pessoas que evitassem frequentar sinagogas no Yom Kippur — o que irritou grupos judeus mais religiosos. Políticos da ala ortodoxa alegam que a permissão dos protestos, mas não das orações em locais de culto, é discriminatória.

Israel tem mais de 226 mil casos de coronavírus acumulados desde o início da pandemia. O número de mortes por Covid-19 passa de 1,4 mil.


FONTE: G1
--:--/--:O tema causa ainda mais crises no governo israelense montado com uma coalizão entre Netanyahu e seu maior opositor, Benny Gantz — que se opõe a qualquer restrição a protestos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário