12/08/2020 - Edvânia Peregrini/Governo do Tocantins
Representantes dos segmentos governamental e produtivo do Tocantins reúnem-se com gestores do Banco da Amazônia para discutirem o planejamento de aplicação de recursos financeiros para 2021. Realizado anualmente, o encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira, 12, de forma digital, reunindo mais de 40 representantes envolvidos com o processo de desenvolvimento sustentável do Estado do Tocantins.
A convite do Banco, o gestor da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e também do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, Thiago Dourado participa da reunião, acompanhado da equipe técnica das duas instituições, para alinhar as ações voltadas ao fortalecimento das cadeias produtivas no Estado.
O encontro visa enriquecer o diálogo para um planejamento participativo na aplicação financeira de projetos, contemplando os pequenos produtores por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Esse fundo é a principal fonte de recursos financeiros estáveis para o crédito de fomento da Região Norte e um dos principais instrumentos econômico-financeiros de execução da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), elaborada pelo Ministério da Integração Nacional.
Durante a abertura do encontro, o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir José de Souza Tose, destacou as parcerias para melhorar a aplicação dos recursos. “Esses encontros são importantes para que o banco possa evoluir, focando seus projetos no desenvolvimento do Estado, pois, como agente de fomento de recursos públicos, temos que administrar com muito zelo e responsabilidade. Para isso, buscamos estreitar parcerias com as associações, estados da federação e municípios, para que a gente cresça em volume de aplicações”, enfatizou.
Ainda segundo o gestor, o Tocantins bateu recorde, em 2019, considerando os recursos aplicados do FNO. Neste ano, segue com crescimento de 45%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar de ser um ano atípico, em virtude da pandemia do novo Coronavírus, o gestor frisou que o banco segue buscando maior eficiência no processo de análise e desburocratização dos trâmites. “O banco está com algumas ações. Uma delas é ampliar o canal digital para facilitar o acesso do produtor a linhas de crédito. Hoje, já temos cerca de 300 contratos firmados totalmente digitais do Pronaf B, e planejamos fazer, até o final do ano, também pelo Custeio e o Mais Alimento”, frisou.
Com a finalidade de alcançar maior eficiência, eficácia e efetividade na alocação dos recursos financeiros operacionalizados pelo Banco da Amazônia, o superintendente do Tocantins, Marivaldo Melo; e o engenheiro Agrônomo do Banco da Amazônia, Romilton Paixão, apresentaram os principais projetos e ouviram as contribuições de cada representante, conforme as prioridades econômicas e projetos prioritários do Estado.
Para o gestor da Seagro e presidente do Ruraltins, Thiago Dourado, esse planejamento participativo vem ao encontro das ações do governo, com foco em fortalecer as cadeias produtivas de acordo com as potencialidades de cada região. “A construção desse planejamento, com os representantes dos segmentos governamental e produtivo do Tocantins, faz com que as ações sejam direcionadas a projetos específicos, tornando a produção agrícola mais eficiente e efetiva no sentido de fortalecer as cadeias produtivas de potencial no Tocantins”, ressaltou.
O gestor destacou ainda que uma das ações desenvolvidas em parceria com o banco é a realização do Mutirão do Agro Crédito, uma iniciativa que visa agilizar os processos de liberação de crédito ao médio e pequeno agricultor; e, com isso, garantir recursos para novos investimentos em seus empreendimentos rurais.
Plano Safra
O Banco da Amazônia aplicará R$ 5 bilhões no agronegócio e na Agricultura Familiar. Do total dos recursos, R$ 3 bilhões serão destinados à agricultura familiar, aos micro e pequenos produtores dos oito estados onde o Basa atua na Amazônia Legal; no caso, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Dos R$ 5 bilhões disponíveis, R$ 2 bilhões serão para os médios e grandes produtores e R$ 3 bilhões para os produtores de micro e pequeno porte, sendo R$ 600 milhões para a agricultura familiar. Esses recursos são 25% maiores que o Plano Safra anterior do banco.
Edição: Alba Cobo
Revisão Textual: Marynne Juliate
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