PANDEMIA

— Esta manhã, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada — disse Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão. — Sei que é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradoura — acrescentou.
Vacina contra a Covid-19 : Acompanhe a corrida dos países pela imunização
O presidente ainda informou que uma de suas filhas foi vacinada contra a Covid-19.
— Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos — disse Putin, segundo a agência Interfax, antes de acrescentar que ela teve um pouco de febre e "nada mais".
Segundo Kirill Dmitriev, presidente do fundo soberano que financiou as pesquisas, mais de 1 bilhão de doses ja foram encomendadas por 20 países estrangeiros e há previsão de parceria para produções nacionais, incluindo o Brasil. O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), deve anunciar um acordo entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) na tarde desta terça-feira, segundo o G1.
Os planos do fundo também incluem testes clínicos no Brasil, além da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Índia e Filipinas. A produção, por sua vez, também está sendo acertada com India, Coreia do Sul, Turquia, Cuba e Arábia Saudita.
Embora a Rússia afirme que a fórmula do Instituto Gamaleia já está no terceiro estágio dos ensaios clinicos, a base de dados da OMS inclui o imunizante na fase um, o estágio mais preliminar no desenvolvimento de uma vacina.
Médicos terão prioridade
O início da produção em massa deve ocorrer em setembro, ainda de acordo com Dmitriev. A vice-primeira-ministra russa para políticas de Saúde, Tatyana Golikova, prevê que médicos comecem a ser vacinados no fim deste mês. A Rússia é o quarto país mais atingido do mundo, com mais de 895 mil casos e 15 mil mortes, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA).
A vacina será distribuída em 1º de janeiro de 2021, informou o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas. Murashko, no entanto, já havia anunciado uma campanha de vacinação em massa para outubro.
A fórmula desenvolvida pelo instituto Gamaleia usa duas cepas de adenovírus, usualmente responsáveis por gripes, e recebem o RNA do novo coronavírus para gerar uma resposta imune. A técnica é parecida, por exemplo, com o modelo da vacina candidata da Universidade de Oxford (Reino Unido) feita em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
Fonte: O Globo
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