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O Reino Unido decidiu ainda estender a Hong Kong o embargo de armas 'potencialmente letais' que aplica à China.
Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, em abril de 2020 — Foto: Andrew Parsons/Downing Street/ AP
O Reino Unido decidiu ainda estender a Hong Kong o embargo de armas 'potencialmente letais' que aplica à China.
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O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, anunciou, nesta segunda-feira (20), a suspensão "imediata e por uma duração indeterminada" do tratado de extradição com Hong Kong, em reação à imposição por parte da China de uma polêmica lei de segurança nesta ex-colônia britânica.
Em um anúncio muito aguardado no Parlamento, o ministro justificou essa decisão pelo fato de que a lei de segurança imposta em Hong Kong "mudou consideravelmente" a maneira como seu sistema judicial funciona.
A China agora pode reivindicar "jurisdição sobre certos assuntos", que seriam então "apresentados aos tribunais chineses", argumentou o chefe da diplomacia britânica.
Raab também anunciou ao Parlamento que o Reino Unido decidiu estender a Hong Kong o embargo de armas "potencialmente letais", aplicado à China desde 1989.
"A extensão deste embargo significa que não haverá mais exportação de armas potencialmente letais, seus componentes ou munições", explicou o ministro, acrescentando que isso também se refere a "todos os equipamentos que não são mais proibidos (na China), mas que poderiam ser usados para repressão interna".
Ambas as decisões foram tomadas em resposta à promulgação da lei de segurança nacional em Hong Kong pela China, após uma onda de protestos em favor das liberdades na ex-colônia britânica.
Entre outras coisas, a lei pune atividades separatistas, "terroristas", subversão ou interferência estrangeira no território autônomo chinês.
"É uma violação clara e séria do tratado sino-britânico que organizou o retorno de Hong Kong a Pequim em 1997", disse Raab.
Graças a este tratado, Hong Kong recebeu até 2047 liberdades desconhecidas no resto da China, de acordo com o princípio "um país, dois sistemas".
Em reação, Londres já havia anunciado a ampliação dos direitos de imigração a milhões de habitantes de Hong Kong portadores do "passaporte britânico estrangeiro", o que facilitaria o acesso à cidadania.
FONTE: AFP
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