26/07/2020 07h56 - Atualizada em 26/07/2020 10h46
Por Carol Menezes (SECOM)
Por Carol Menezes (SECOM)
Desde a última sexta-feira (24), o Governo do Estado passou a divulgar um quadro comparativo de novos casos de Covid-19 e de óbitos relacionados à doença levando em consideração não só a data de divulgação dos boletins epidemiológicos, mas também o dia da ocorrência do sintoma ou da morte. Os dados serão atualizados diariamente no portal covid-19.pa.gov.br, e vão ajudar a ter uma noção ainda mais real da evolução da pandemia do novo Coronavírus no Pará.

Detalhamento - "Estamos comparando os dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, que levam em consideração somente o dia em que os números são divulgados, com a contabilização da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que faz a relação com a data da ocorrência. Isso é necessário porque nem todos os novos casos e óbitos de um determinado boletim se referem a novos casos e óbitos ocorridos naquele dia, ou naquela semana. Ontem (23), por exemplo, o boletim informou 30 mortes, uma queda de 3% mas três foram no mês de maio", explica Gustavo, informando ainda que esses 3% é a comparação da média móvel de ontem com a de 14 dias atrás, levando em consideração a data de publicação do boletim, como o consórcio faz.

"A minha própria situação é um exemplo desse fluxo: tive sintomas em 10 de abril, mas tive que esperar dez dias para fazer o exame, que é o recomendado para evitar um falso negativo. O resultado veio no dia 5 de maio, mas eu só fui notificado no dia 15. Já entrei na lista dos recuperados", detalha.
O diretor faz questão de reforçar que não há erros nem na contagem do consórcio e nem na contagem da Sespa. Ambos utilizam o critério de média móvel - porque os números de um dia são carregados para a média seguinte, se movem - no intento de tentar corrigir uma falsa ideia de que há menos óbitos ou novos casos aos finais de semana. No entanto, a Sespa toma como base a data dos óbitos/sintomas, e o consórcio a data da publicação do boletim.
"O que ocorre nesses dias é que tem menos gente fazendo os registros no sistema, e quando chega segunda, terça, e os números sobem, não é porque tem mais gente adoecendo ou morrendo; e sim, mais gente atualizando e registrando os dados", justifica.
Nas comparações, é possível ver dois picos diferentes da pandemia, e em ambos os quadros o cenário varia entre estabilidade e queda. "Se a gente levar em consideração que a metodologia utilizada é a média móvel, não há diferença. Muda somente o referencial. O que a gente quer é passar essas informações de forma didática, até mesmo explicando como o consórcio faz suas análises, e garantir a transparência", reforça Gustavo Costa.
agência pará
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