segunda-feira, 1 de junho de 2020

Auxílio Emergencial: 602 foragidos da Justiça do DF tiveram benefício liberado

BRASIL
Segundo CGU, pagamento é irregular. Caixa informou que 'não interfere no processo de avaliação'; prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 371,4 mil.
Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

A Controladoria Geral da União (CGU) apontou que 602 foragidos da Justiça do Distrito Federal foram autorizados a receber o Auxílio Emergencial, de R$ 600, pagos pelo governo federal. Neste domingo (31), o Fantástico mostrou que, em todo país, mais de 27 mil procurados podem ter sido beneficiados.
Segundo a CGU, os criminosos que se esconderam sem cumprir a pena, são condenados por diversos crimes, de furto simples a homicídio, além de tráfico de drogas. Se confirmada a fraude, agora eles podem responder por estelionato e falsidade ideológica.

Apesar da lista apresentada pelos auditores, ainda será investigado quantos, dos 602 foragidos do DF, ficaram com o dinheiro ou tiveram seus dados usados indevidamente por outras pessoas.

Endereço na penitenciária
Segundo a Controladorai, um dos foragidos beneficiados usou o endereço do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), no Setor de Garagens Norte. Outros quatro deram o endereço do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no SIA, em Brasília, onde ficam os presos do regime semiaberto.
Segundo a CGU, 97% desses foragidos receberam liberação para a primeira parcela do benefício. No entanto, apenas 16 deles conseguiram aprovação para a segunda parcela. No total, o prejuízo para os cofres públicos é estimado em R$ 371 mil.

Fraudes pelo país

Ainda segundo o levantamento da CGU, em São Paulo, o benefício foi liberado para os nomes de 6.879 foragidos. No Rio de Janeiro, para 825 pessoas procuradas.

Em nota, a Caixa informou que apenas realiza os pagamentos, que não participa e nem interfere no processo de avaliação. Já a CGU informou que "a lista com a relação de foragidos que tiveram o auxílio habilitado foi encaminhada como informação de inteligência para as autoridades policiais e ministérios públicos nos estados".
Em nota, o Ministério da Cidadania informou que há casos em reanálise, que estão passando por filtros de checagem, e que as parcerias com os órgãos de fiscalização e controle auxiliam na transparência do programa.
"Caso se confirme a fraude, o Ministério da Cidadania pode realizar a suspensão do benefício e cobrança das parcelas pagas indevidamente.


FONTE: G1

Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal  — Foto: TV Globo/Reprodução

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