MUNDO
Agência Estado
Espanha altera critério de contagem de casos e Japão libera regiões de estado de emergência

'Todos os países precisam continuar em alerta máximo contra o coronavírus', diz a líder da resposta da OMS à pandemia Maria Van Kerkhove. (Rovena Rosa/Agência Brasil)
O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que os países que têm reaberto gradualmente suas economias devem estar atentos para o risco de novos casos de coronavírus. "Uma segunda onda de contágios pode ser preocupante", afirmou o diretor-executivo da entidade, Mike Ryan, durante entrevista coletiva virtual nesta segunda-feira (25). Ryan disse que uma "segunda onda" de casos normalmente ocorre em pandemias, mas não necessariamente um "segundo pico" de casos.
"Todos os países precisam continuar em alerta máximo contra o coronavírus", complementou a líder da resposta da OMS à pandemia Maria Van Kerkhove. Para isso, é preciso fortalecer a estrutura de cada país em testes, rastreamento da doença, isolamento dos casos confirmados e capacidade hospitalar, voltou a recomendar o comando da OMS.
A entidade foi alvo de algumas questões sobre o fato de que o estudo com hidroxicloroquina foi suspenso, após levantamentos mostrarem maior taxa de mortalidade entre os pacientes que faziam uso do medicamento.
Ryan garantiu que não há problema com os estudos em andamento da OMS, mas apenas a necessidade de "garantir sua segurança".
Tóquio deixa estado de emergência
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, determinou nesta segunda-feira (25) a liberação das últimas cinco regiões do país que ainda estavam sob estado de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus, entre elas a capital, Tóquio. As outras prefeituras que encerraram seus períodos de emergência foram Kyoto, Hyodo, Osaka – essas três vizinhas de Tóquio – e Hokkaido.
Abe alertou que, no pior cenário futuro da pandemia, o governo japonês poderá retomar o estado de emergência em regiões atingidas pela Covid-19. Ao todo, a doença já infectou 16.550 pessoas no Japão e matou outras 820, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
País da Ásia oriental com o maior número de óbitos após a China e suas regiões administrativas, a Indonésia reportou hoje um acréscimo de 479 novos casos de coronavírus e 19 mortes, elevando o total para 22.750 e 1.391, respectivamente. Ainda na Ásia, entre as regiões sob domínio chinês, Cingapura confirmou mais 344 casos, somados ao total de 31.960 infectados.
A Espanha alterou os critérios de registro do número de óbitos causados pela pandemia de Covid-19 e, com isso, o país passou a registrar 26.834 mortes, quase 2 mil a menos que o número reportado no último domingo (24), de 28.752.
Os números atuais já contabilizam as 50 mortes desta segunda-feira, que foram registradas junto aos 132 novos casos confirmados pelo governo espanhol.
A Espanha já somou 235.400 infectados por Covid-19, segundo dados oficiais. O país europeu ainda anunciou nesta segunda que irá suspender, a partir de 1 de julho, a obrigatoriedade de turistas estrangeiros respeitarem um período de quarentena de 14 dias.
Segundo país com a maior taxa de óbitos no mundo, o Reino Unido adicionou mais 1.625 casos de coronavírus à sua contagem de infectados iniciada no início da pandemia, que agora chega a 261.184. Quanto ao número de óbitos, o governo britânico registrou, até a madrugada desta segunda-feira, 121 novas mortes provocadas pelo vírus, elevando o total a 36.914.
País vizinho à Grã-Bretanha, a Irlanda não reportou nenhum óbito por Covid-19 desde o dia 11 de março. O país soma 24.639 infectados e 1.608 mortes pela doença.
A Rússia consolidou sua posição como país europeu com o maior número de casos nesta segunda-feira, após reportar que 8.946 pessoas contraíram o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o que fez o país ultrapassar a marca de 350 mil contaminações, com 353.427 casos. Os russos ainda confirmaram mais 92 mortes, para um total de 3.633 óbitos por Covid-19.
Já a Itália, que vê sua taxa diária de mortes estabilizar abaixo dos 100, reportou 92 óbitos nesta segunda-feira, além de 300 novos casos. Ao todo, o governo italiano já contabilizou 32.877 mortes e 230.158 infecções durante a pandemia.
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário