quarta-feira, 18 de março de 2020

Mundo em frenesi por papel higiênico

MUNDO



Prateleiras destinadas ao papel higiêncio vazias em um supermercado de Londres em 13 de março de 2020 - AFP/Arquivos

A cena se repete ao redor do mundo: dos Estados Unidos até a Austrália, passando pela França e Espanha, consumidores esvaziam as prateleiras dos supermercados comprando papel higiênico em meio ao pânico causado pelo novo coronavírus.
O frenesi pelos rolos de papel ultrapassa as barreiras culturais e já levou a brigas violentas, que filmadas se transformaram em vídeos famosos nas redes sociais. Mas… por que?
Para alguns especialistas a explicação está na teoria dos jogos: se cada um compra apenas o que necessita, não há escassez. Mas se algumas pessoas começam a comprar incentivadas pelo pânico, a melhor estratégia é fazer o mesmo para assegurar que não vai nos faltar. 
Mas essa teoria não explica tudo. O papel higiênico não protege do Covid-19 e as compras em grandes quantidades não foram as mesmas com outros produtos importantes, como comida enlatada.
“Acredito que isso vem provavelmente das dramáticas imagens divulgadas nas redes sociais, que são muito claras: as embalagens são muito reconhecíveis e nas mentes das pessoas se transformaram em um símbolo de segurança”, disse em entrevista à AFP Steven Taylor, autor de “A psicologia das pandemias”.
“A pessoa sente a necessidade de algo que mantenha a eles próprios e à sua família a salvo, porque o que mais podem fazer além de lavar as mãos e se isolarem?”, diz esse professor de psiquiatria da Universidade de British Columbia.
Ele também evoca outra teoria da evolução: a aversão às coisas de que não gostamos, exacerbada pela ameaçada infecção.


Fonte: AFP

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