
O primeiro caso de contágio do novo coronavírus em Uberlândia foi confirmado nesta terça-feira (17) e se trata do advogado Jonathan Edward Rodovalho Campos, de 39 anos. O Diário de Uberlândia conversou com o paciente, que está em quarentena domiciliar e contou como foi infectado, mesmo tomando todas as precauções como uso de luvas, máscaras e álcool em gel.
O paciente esteve em viagem pelo Uruguai e Argentina há quinze dias e começou a sentir os sintomas somente após retornar à cidade. Ele explicou que durante o período da viagem, não havia sido confirmado nenhum caso do novo coronavírus na América do Sul.
“Eu sempre antes de comer, lavava as mãos, usava álcool em gel, comprei luvas. Mas assim, infelizmente peguei. Mas não dá para saber como e onde. Talvez pode ter sido no aeroporto de Guarulhos, pelo histórico da data. As cidades que visitei são pequenas, então a possibilidade de ter pego lá é menor, além de ficarmos sempre em lugares abertos”, contou.
O fato de não estar do grupo de risco fez com que os sintomas fossem de uma gripe comum, como febre, dor no corpo, no fundo do olho e de garganta durante dois dias. Os sinais apareceram três dias depois que retornou de viagem.
O paciente esteve em viagem pelo Uruguai e Argentina há quinze dias e começou a sentir os sintomas somente após retornar à cidade. Ele explicou que durante o período da viagem, não havia sido confirmado nenhum caso do novo coronavírus na América do Sul.
“Eu sempre antes de comer, lavava as mãos, usava álcool em gel, comprei luvas. Mas assim, infelizmente peguei. Mas não dá para saber como e onde. Talvez pode ter sido no aeroporto de Guarulhos, pelo histórico da data. As cidades que visitei são pequenas, então a possibilidade de ter pego lá é menor, além de ficarmos sempre em lugares abertos”, contou.
O fato de não estar do grupo de risco fez com que os sintomas fossem de uma gripe comum, como febre, dor no corpo, no fundo do olho e de garganta durante dois dias. Os sinais apareceram três dias depois que retornou de viagem.
“No dia que senti os primeiros sintomas, eu já tomei os cuidados. Não vi minha filha, mandei para a casa da minha sogra, me afastei de todo mundo. Como eu trabalho de casa, fica mais fácil colocar em prática a questão da quarentena”.
Com o início da manifestação dos sintomas, e já sabendo de um possível contágio, Jonathan procurou um médico que recomendou a realização do exame, que deu positivo. “Quando peguei o resultado, dei uma surtada na hora, você pensa na família, nas pessoas que você encontrou e que possa ter transmitido e exposto ao vírus, mas como eu já não apresentava sintomas, fiquei tranquilo”.
Desde então, ele segue em quarentena por 14 dias, sem contato com ninguém. “A partir do momento que pegamos o laudo e foi positivo, fiz o isolamento, não mantive contato com ninguém na rua. Sou advogado, trabalho em home office. Atendo clientes a nível nacional, não tenho clientes em Uberlândia. Não tive contato com quase ninguém, só com pessoas do meu meio familiar mesmo”.
Entre as pessoas que tiveram algum contato com Jonathan, estão a esposa e a filha. Segundo ele, elas não tiveram manifestação da doença, mas ainda não fizeram o exame por falta do kit de coleta na rede particular.
Exame detectando o vírus foi realizado no laboratório de Uberlândia, credenciado pelo Ministério da Saúde | Foto: Arquivo pessoal
Falta de kits
O único laboratório que realiza a coleta de exames da Covid-19 é o Sabin. Segundo o médico patologista e responsável técnico do Grupo Sabin em Uberlândia, Fabrício Cazorla, os kits terminaram na segunda-feira (16), porém uma nova remessa deveria chegar à cidade ainda nesta quarta.
Segundo Fabrício, o laboratório não realiza a coleta do exame em pessoas que buscam fazer por conta própria. Se não tiver o pedido médico, essa demanda não é atendida. “Desde o começo estamos fazendo apenas com pedido médico. Até por questão de saúde pública, pois precisamos direcionar os pacientes que estão mais propensos à doença, profissionais de saúde, pessoas da linha de frente que precisam ter o diagnostico claro, até porque podem contaminar outras pessoas dentro da estrutura de saúde. A demanda espontânea para pessoa tirar uma dúvida, ou curiosidade, não é o caso agora porque a estrutura de saúde não consegue absorver isso”.
O médico também explicou que o coronavírus está presente desde muitos anos e que em épocas passadas também causaram pandemias que não foram diagnosticadas por falta de ferramentas e acabaram passando despercebidas.
“Cerca de 20% das gripes que acontecem no nosso meio são causados por coronavírus. Já está entre a gente. A variação agora é essa Covid-19 que pode causar uma doença grave e que, pelo estudo que aconteceu na China, percebemos que a população acima de 60 anos tem a maior chance de desenvolver a doença mais grave. É uma gripe comum que, provavelmente todos nós teremos, porque o vírus está disseminado e passaria despercebido se não tivesse a gravidade com essa variação nova”, explicou Fabricio.
BRASIL
Em quarentena domiciliar, paciente de 39 anos relata como contraiu a doença; kits de coleta para realização de exames estão em falta no município

A recomendação, segundo ele, é se a pessoa estiver gripada, com sintomas normais, tem que ficar em casa resguardada para não contaminar outras pessoas e recuperar o mais rápido possível. “O pior lugar para ela ir agora é um pronto-socorro, pois lá ela vai encontrar um ambiente mais restrito, fechado, com pessoas que podem estar com doenças mais graves. É importante tentar diminuir um pouco das ações pelo pânico”.
Agora, caso a pessoa tenha alguma comorbidade como doença cardíaca, pulmonar, imunodeficiência, ou sintomas mais acentuados, como dificuldade respiratória, cansaço muito intenso, febre alta e a tosse essa deve procurar um serviço médico.
Rede pública
O Diário entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia que informou que os kits de coleta utilizados pela Vigilância Epidemiológica do município também acabaram e que o pedido de reposição já foi feito à Superintendência Regional de Saúde, já que o Estado é responsável pela requisição de novos materiais junto ao Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com a Prefeitura, após a coleta os kits são enviados para análise em Belo Horizonte e o resultado não sai em menos de 14 dias. Por isso reforça que em caso de suspeita, a pessoa deve permanecer em isolamento até o recebimento do laudo.
A reportagem também entrou em contato com a Superintendência Regional de Saúde (SRS) questionando sobre o pedido por novos kits para o município e aguarda retorno.
FONTE: DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
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