Duas pessoas relacionadas com primeiro brasileiro infectado, que retornou da Itália, foram diagnosticadas com o novo vírus
- SAÚDE
Fernando Mellis, do R7, e Christina Lemos, da Record TV
Ministério monitora outras centenas de casos suspeitos
Reuters
Subiu para oito o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus (SARS-CoV2) no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde atualizados nesta quinta-feira (5). Dois novos casos têm relação com o primeiro, registrado em São Paulo, o que demonstra transmissão local do vírus.
Além dos dois novos casos em São Paulo, o Rio de Janeiro também confirmou um paciente infectado com o SARS-CoV2 nesta tarde. É uma mulher, de 27 anos, que passou pela Itália e Alemanha, de 9 a 23 de feveireiro.
Outro caso, no Espírito Santo (um mulher de 37 anos, com histórico de viagem à Itália) foi confirmado também hoje pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mas não constava no balanço oficial do Ministério da Saúde nesta tarde.
No Distrito Federal, uma mulher que viajou recentemente à Inglaterra e Suíça testou positivo para o SARS-CoV2 em um laboratório privado, mas aguarda resultado da contraprova, que será feito pelo Laboratório Central de Goiás.
O ministério informou que ela está internada em um hospital, mas não deu detalhes do quadro de saúde dela. Se validado o resultado, serão nove infectados em todo o país.
Um dos pacientes infectados em território brasileiro é parente do empresário de 61 anos, primeiro caso registrado de covid-19 no país. O segundo caso é um contato desse familiar.
Antes de apresentar os sintomas, em 25 de fevereiro, o homem recebeu 30 parentes na casa dele, na zona sul da capital paulista para um churrasco.
Ele havia viajado ao norte da Itália a negócios. A região é a mais afetada pelo surto de coronavírus naquele país.
"Isto não significa que a gente tenha a circulação do vírus na comunidade, porque eu ainda consigo monitorar quem foi o caso que originou a transmissão. Isto não é uma transmissão sustentada. Quem tem transmissão sustentada assertivamente são China, Itália e Coreia [do Sul]", explicou o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira.
A transmissão sustentada ocorre quando não é mais possível relacionar um novo caso com os demais. No Brasil, o Ministério da Saúde ressalta que ainda é possível rastrear a conexão entre os infectados.
"O vírus não está produzindo doentes que nós não conseguimos identificar qual é a fonte. Todos os casos até agora identificados como casos confirmados têm ou histórico de viagem ou histórico de contato próximo com caso confirmado", acrescentou o secretário.
Além do empresário e dos dois casos ligados a ele, São Paulo tem outros três pacientes infectados: um administrador de empresas, de 46 anos; um funcionário de uma corretora de valores, de 32 anos; e uma adolescente de 13 anos. Todos passaram recentemente pela Itália.
A garota é o único paciente assintomático. O exame dela apresentou "baixíssima carga viral", o que não requer isolamento, de acordo com o secretário.
Os demais pacientes de São Paulo tiveram sinais da doença (febre e sintomas respiratórios, como tosse, coriza, etc.) e permanecem em isolamento domiciliar.
O Ministério da Saúde monitora ainda 636 casos suspeitos em 21 estados e no Distrito Federal. Outros 378 foram descartados após exames laboratoriais.
O número de casos suspeitos tem crescido após a expansão da lista de países onde há transmissão ativa do vírus.
DO : R7
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