Professor da FGV considera prejuízo calculado pela companhia de entrepostos “uma gota no oceano”. Companhia deve retomar atividade nesta quarta
- SÃO PAULO
Guilherme Padin, do R7
Companhia de entrepostos teve prejuízo de R$ 20 milhões
Guilherme Padin/R7
O prejuízo causado pelos temporais à Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), avaliado em de cerca de R$ 20 milhões em alimentos pela diretoria da empresa, não deverá impactar no bolso da população paulista.
Segundo a previsão de seus diretores, a companhia deve retornar às atividades até a tarde desta quarta-feira (12).
Ao R7, o economista Mauro Rochlin, professor dos MBAs da FGV (Fundação Getúlio Vargas), considerou que o prejuízo ao consumidor final deverá ser “inexpressivo”.
“Em termos de São Paulo e cidades grandes, o valor calculado [pela companhia] é muito baixo para haver um impacto considerável. É uma gota no oceano. Se a chuva também castigasse severamente os produtores rurais, o impacto seria real”, afirmou Rochlin.
Engenheiro agrônomo da Ceagesp, Gabriel Bitencourt disse em coletiva de imprensa na terça (11) que, se de fato se confirmar, o aumento nos preços dos produtos deve ser pontual: “De prazo curto, um ou dois dias, no máximo”.
Rochlin explica por que, mesmo em casos de aumento de preço pós-crises, o valor tende a se estabilizar com o tempo: “Quando acontece, é algo pontual. Os consumidores procuram o produto substituto, a alta favorece novos produtores, e aí se estabiliza em médio a longo prazo”.
7.000 toneladas de alimentos foram descartadas após inundação
Guilherme Padin/R7
Economista da Ceagesp, Flávio Godas disse, também na coletiva da terça, que houve uma coincidência positiva em meio à crise enfrentada pelos permissionários. “Por sorte, terça é um dia menos movimentado por aqui, com menos produtos em estoque... então o impacto foi menor em razão disso”, disse Godas.
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