SAÚDE
Familiares levaram colchão para que idosa pudesse usar maca. Secretaria de Saúde afirma que Hospital Regional da Asa Norte 'está funcionando além da capacidade'.
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Mulher de 75 anos aguarda atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, deitada em cama própria, levada por familiares — Foto: Arquivo pessoal/Jhiuly Karen
Familiares levaram colchão para que idosa pudesse usar maca. Secretaria de Saúde afirma que Hospital Regional da Asa Norte 'está funcionando além da capacidade'.
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Mulher de 75 anos aguarda atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, deitada em cama própria, levada por familiares — Foto: Arquivo pessoal/Jhiuly Karen
Acompanhantes de uma paciente de 75 anos do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) levaram um colchão e travesseiros de casa para que a idosa tivesse onde deitar na unidade, que está superlotada.
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a indisponibilidade de camas ocorre porque a demanda supera a capacidade do hospital. Por conta disso, Adeladia Maria da Abadia aguardava atendimento no corredor do hospital até a publicação desta reportagem.
Com suspeita de câncer, a idosa chegou no hospital às 16h desta quarta-feira (8) sentido dores e falta de ar. Segundo os familiares, ela ficou até as 2h da madrugada desta quinta (9) sentada em uma cadeira devido à falta de leito.
magens gravadas pelo filho de Adeladia, o pedagogo Alex Carlos da Abadia, mostram o momento em que a família chega no hospital com o colchão (veja no vídeo acima). No percurso, ele mostra pacientes deitados no chão e nos bancos.
Em nota, a direção do Hran informou que "o número de internados supera a capacidade instalada" e que "são utilizadas macas de transporte" para acomodar alguns dos pacientes, como Adeladia.
Falta de estrutura
Uma das fotos enviadas pelos acompanhantes da paciente de 75 anos mostram que o soro está sem suporte. O recipiente foi fixado improvisadamente com fita adesiva na parede ao lado da maca (veja imagem abaixo).
De acordo com a nora da paciente, Jhiuly Karen de Jesus, de 24 anos, a idosa precisa repetir exames que já foram realizados em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Luziânia (GO). Segundo ela, o Hran rejeitou os resultados por terem sido emitidos em outro estado.Adeladia é moradora de Planaltina, mas quando passou mal, na última terça-feira (7), estava em Luziânia. Foi lá onde ela recebeu o primeiro atendimento. Desde meados de dezembro, a idosa passado por outros hospitais do DF, mas não recebeu qualquer diagnóstico."Fomos no hospital de Planaltina e não fizeram nada. Fomos também [na unidade] de Sobradinho, mas não tinha atendimento", disse Jhiuly.Sem oncologistaAinda de acordo com a nora da paciente, a família foi informada, na manhã desta quinta-feira (9), que não havia oncologista no Hran para realizar o exames solicitados. Quando chegaram, na quarta, havia um especialista."Quando chegamos no hospital, nos disseram que tinha apenas um oncologista."A Secretaria de Saúde afirmou ao G1 que o hospital de fato conta com apenas um oncologista, pois encaminha o pacientes para outras unidades. "Casos de câncer, após diagnóstico, são encaminhados para tratamento nos Hospitais de Base e Regional de Taguatinga", informou a pasta.Atendimento restritoA Secretaria de Saúde informou ainda que HRAN está atendendo nesta quinta-feira apenas casos considerados graves. A pasta conta com 58 leitos, e estão internados 102 pacientes - quase dobro.Veja a íntegra da nota da Secretaria de Saúde:A direção do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) informa que a emergência está funcionando além da capacidade instalada. Devido à superlotação, desde o início da manhã de hoje o atendimento está restrito aos casos graves, com classificação vermelha. No pronto-socorro, com capacidade para 58 leitos, estão internados 102 pacientes e a equipe de profissionais não mede esforços para assegurar atendimento a todos que buscam a unidade.A direção esclarece que não há camas sem colchões. Para alojar os pacientes, já que o número de internados supera a capacidade instalada, são utilizadas macas de transporte.
G1 DF
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