quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

'Água em momento algum foi imprópria ao consumo', diz Witzel




Governador do Rio de Janeiro disse que a previsão é de que em uma semana "a água vai estar chegando na casa das pessoas, sem sabor e sem cor"

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Moradores protestam contra situação da água no Rio de Janeiro

Moradores protestam contra situação da água no Rio de Janeiro

Tomaz Silva/Agência Brasil
O governador do Rio de JaneiroWilson Witzel, disse que, apesar das características alteradas, a água fornecida pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) está própria para o consumo. Durante coletiva de imprensa na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu nesta quinta-feira (23), ele tomou água fornecida pela companhia. "Nunca, desde o momento que tivemos esse alarmismo, a água ficou imprópria para o consumo", assegurou.
Durante visita técnica à estação do Guandu, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, o governador disse que a previsão é de que em uma semana "a água vai estar chegando na casa das pessoas, sem sabor e sem cor".
Witzel lembrou, no entanto, que ainda há água nas caixas de captação dos consumidores e, por isso, pode levar um tempo maior para ficar sem cheiro e sem cor. "Tem caixa d’água, o cano. Em uma semana a gente vai entregar em condições, agora, vai levar um tempo maior para aquelas residências que têm cisternas. Ninguém vai precisar jogar essa água fora. Pode usar essa água para o próprio consumo", indicou.
Governador tomou água e disse que ela é própria para o consumo

Governador tomou água e disse que ela é própria para o consumo

Tomaz Silva/Agência Brasil
A Cedae começou hoje (23) a usar carvão ativado no tratamento de água para normalizar o fornecimento. Desde o começo do mês, moradores de localidades que recebem atendidas pela ETA do Guando reclamam de turbidez e mau cheiro na água.
Protesto
Enquanto Witzel fazia a visita à ETA Guandu, do lado de fora, moradores da região  reclamavam da situação e pediam a solução do problema da água e do tratamento de esgoto. O operador de máquinas Rogério Gonçalves, 47 anos, disse à Agência Brasil que na casa dele a água com odor desagradável e com gosto ruim não começou agora em janeiro, quando começaram as reclamações na capital, mas a situação se agravou desde o início do ano.
A doméstica Giovana Gomes, 55 anos, disse que ficou uma semana com dor de barriga depois que percebeu a alteração da água. “Não adianta filtrar e também não tenho dinheiro. O gás está caro [para ferver água]. Eles vão comprar o nosso gás? Eu não estou comprando água e nem estou fervendo. Estou bebendo essa água mesmo podre”, disse.
A dona de casa Adelídia Ferreira Neves, 65 anos, disse que está preocupada com o gasto com gás porque precisa utilizá-lo para ferver a água que a família bebe. “Estou preocupada com o meu gás acabar. Não estou comprando água. Estou fervendo porque não tenho filtro. Estou frita”, contou. Ao lado dela, a dona de casa Margarida de Souza Melo, 58 anos, revelou que a água até está mais clara, mas o cheiro e o gosto continuam ruins. R7

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