domingo, 19 de maio de 2019

Reservatório de Santa Maria, no DF, chega a 100% da capacidade

DF
Bacia não alcançava volume máximo de armazenamento de água desde 2015. Descoberto permanece há 99 dias com índice de 100%.

   Reservatório de Santa Maria, no Distrito Federal, com capacidade cheia, no fim da temporada de chuvas de 2016 — Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação


O reservatório de Santa Maria atingiu sua capacidade máxima de armazenamento de água neste domingo (19), segundo levantamento da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

A segunda bacia mais importante da capital não alcançava 100% do volume desde 27 de junho de 2015. Passaram-se 1.422 dias desde então.
O reservatório é responsável pelo abastecimento da maior parte do Plano Piloto, Lago Sul, Lago Norte e a região do Colorado.
Há exatamente um ano, o Santa Maria exibia o índice de 58,4%. Já em 5 de novembro de 2017, a bacia chegou ao volume mínimo de 21,8% – período em que os brasilienses enfrentaram o racionamento de água.
Em comparação com o Descoberto, o Santa Maria recuperou-se mais lentamente após o período de escassez de água. De acordo com a Adasa, isso se deu porque a bacia é abastecida apenas por pequenos riachos.

Em nota, a agência informou que, apesar dos bons resultados, "é importante a manutenção das boas práticas de consumo de água". 

Bacia poupada

Ao G1, a Caesb explicou que com as inaugurações do Subsistema Produtor de Água Bananal e de um “booster”, que permitiu bombear água da estação emergencial do Lago Paranoá até a estação de tratamento do Plano Piloto, o Santa Maria passou a ser poupado.
A bacia já chegou a mandar água para o Guará, Cruzeiro, até Taguatinga. No entanto, atualmente, a Caesb usa uma parcela muito pequena do reservatório – cerca de 100 litros por segundo, o que equivale a cerca de 5% do volume que poderia ser retirado do Santa Maria.
"Essa foi uma estratégia que a Caesb adotou para transformar o Santa Maria num reservatório para o período de estiagem. Durante o ano todo, a gente usa outras captações e mantém o Santa Maria enchendo. No auge da seca, quando precisarmos usar mais o Santa Maria, ele estará cheio", explicou o diretor de Operação e Manutenção, Carlos Eduardo Borges Pereira.
Segundo a companhia, o grande volume de chuvas deste ano aliado à decisão de baixa retirada de água possibilitaram o Santa Maria atingir a capacidade máxima.

Descoberto

Em 27 de dezembro do ano passado, o reservatório do Descoberto transbordou ao alcançar a capacidade máxima. A bacia não vivenciava essa marca desde 9 de abril de 2016.
Barragem do Descoberto, no Distrito Federal, bate 100% e volta a transbordar — Foto: Fabiano Andrade/TV GloboBarragem do Descoberto, no Distrito Federal, bate 100% e volta a transbordar — Foto: Fabiano Andrade/TV Globo
Barragem do Descoberto, no Distrito Federal, bate 100% e volta a transbordar — Foto: Fabiano Andrade/TV Globo
Naquele mesmo ano, os brasilienses começaram a enfrentar a crise hídrica. O racionamento de água na capital durou 513 dias e foi suspenso em junho de 2018.
Hoje, o Descoberto permanece com o volume de 100% – mantido há 99 dias. Em 2019, a bacia só exibiu capacidade inferior durante o período de 1º de fevereiro a 9 de fevereiro, quando os índices variaram entre 99,8% e 99,3%.
Ao atingir o volume máximo, o Descoberto voltou a abastecer outras quatro regiões do DF: Candangolândia, Núcleo Bandeirante e partes de Águas Claras e do Park Way.
Por causa da crise hídrica, essas regiões administrativas eram atendidas por meio de transferência de água do sistema Torto-Santa Maria para o Descoberto.

Racionamento

Hidrômetro no Laboratório de Micromedição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) — Foto: Renato Araújo/Agência BrasíliaHidrômetro no Laboratório de Micromedição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) — Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
Hidrômetro no Laboratório de Micromedição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) — Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
O Distrito Federal enfrentou racionamento de água entre 2017 e 2018. Nas 73 semanas de restrição, o brasiliense ficou pelo menos 24 horas sem água a cada seis dias.
O fim do rodízio foi anunciado no dia 3 de maio de 2018. Segundo o governo, a decisão foi tomada com base, principalmente, nos níveis dos reservatórios.
A redução do consumo de água – estimada entre 12% e 13%, em um percentual que já inclui o impacto do racionamento – e a inauguração de novas obras de captação no Lago Paranoá e no Córrego Bananal também influenciaram na decisão.
 G1 DF.



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