GOIÁS
Segundo MP, grupo oferecia lucro na negociação de barris de petróleo mediante investimento em uma falsa empresa. Igreja evangélica era usada para reuniões. Lucro obtido por eles é estimado em R$ 500 mil.
Igreja presidida pelo pastor era palco de reuniões sobre o esquema, afirma o MP — Foto: TV Anhanguera/Reprodução
Segundo MP, grupo oferecia lucro na negociação de barris de petróleo mediante investimento em uma falsa empresa. Igreja evangélica era usada para reuniões. Lucro obtido por eles é estimado em R$ 500 mil.
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Um pastor evangélico de Caiapônia, no sudoeste de Goiás, e mais três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) por aplicar golpes em várias pessoas por meio de um esquema conhecido como "pirâmide financeira". De acordo com as investigações, o grupo oferecia lucro na negociação de barris de petróleo mediante investimento em uma falsa empresa. O valor estimado obtido por eles é de aproximadamente R$ 500 mil.
Além do pastor, Gersil Caetano Rosa, presidente da Igreja Assembleia de Deus na cidade, também participavam do esquema, conforme o MP, o filho dele, Fábio Gomes Caetano, o escrivão da Polícia Civil Adolfo de Freitas Filho e a fiel da igreja Patrícia Castro Bessa.
O advogado dos quatro denunciados, Watson Nunes de Oliveira, disse ao G1, na manhã desta terça-feira (21), por telefone, que não vai se pronunciar, por enquanto, sobre o assunto.
À TV Anhanguera, a igreja informou que também não ia comentar o assunto.
Já a Polícia Civil disse, também à emissora, que o escrivão foi afastado da função.
Denúncia
A denúncia relata que o esquema foi colocado em prática em 2016 e teria enganado pessoas em ao menos quatro cidades de Goiás e uma do Mato Grosso.
Para participar, os interessados faziam os investimentos e pagavam ainda um valor de R$ 120 por uma "taxa de participação". De acordo com o MP, o grupo dizia aos "clientes" que "as aplicações que estavam realizando eram seguras e não precisavam ter receio algum, pois os lucros seriam garantidos".
Porém, eles começaram a ser procurados por pessoas reclamando que não conseguiam resgatar o dinheiro. Inicialmente, os envolvidos alegavam que o site da empresa estaria com defeito e que os lucros seriam recebidos "brevemente".
Seguindo sem respostas, as vítimas voltavam a procurar os denunciados, que alegavam que "a empresa tinha quebrado" e não seria mais possível ressarcir o valor.
Funções
O MP destaca que Gersil e o filho pesquisaram sobre uma forma de obterem um "lucro fácil" e descobriram o negócio com os barris de petróleo. Por ser "conhecido na cidade", diz a denúncia, ele conseguiu atrair várias pessoas e boa parte dos fiéis para investir na empreitada.
Fábio teria ainda, conforme o MP, procurado Adolfo e Patrícia para também participarem da situação. A eles caberia o papel de encontrar e convencer novas pessoas a investirem no negócio.
A investigação apontou que as reuniões sobre o assunto seriam realizadas nas instalações da igreja. Quando as pessoas aceitavam a proposta, iam até a casa de Fábio para se cadastrarem e fazer os pagamentos a ele. Eram feitos cerca de 35 atendimentos diários.
O órgão ministerial apurou que Adolfo e Patrícia também iam nas casas ou trabalho das pessoas para aplicar dinheiro na empresa.
Os quatro denunciados devem responder por estelionato, associação criminosa e crime contra e economia popular.
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