POLÍTICA

REPRODUÇÃO FOLHA

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (13) que caberá à classe política a decisão de fazer uma tramitação simultânea no Congresso da reforma da Previdência e da proposta que desvincula o Orçamento.
Na manhã desta quarta (13), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que a proposta para flexibilizar a gestão orçamentária não será enviada no curto prazo, indicando que o governo priorizaria primeiramente as mudanças nas regras da aposentadoria.
No fim do dia, em discurso durante a transmissão de cargo do presidente do Banco Central, Guedes afirmou que a pressão dos políticos, que buscam recursos para estados em crise, fez o governo colocar na mesa a discussão sobre o pacto federativo.
A ideia, segundo ele, é desvincular e descentralizar o Orçamento, fazendo com que estados e municípios recebam uma fatia maior dos recursos.
"Quem vai fazer o timing dessas medidas é a classe politica", afirmou. "Se o politico achar que é razoável ficar um ano fritando no sol com um tema desagradável, não é bom. Quem sabe você não dá um outro tema para ele chamado pacto federativo?".
De acordo com o ministro, a ideia é prestigiar a Câmara com a reforma da Previdência, e também o Senado, que receberá o projeto que trata do Orçamento.
Guedes ponderou que, caso a classe política conclua que a tramitação simultânea vai atrapalhar a Previdência, o governo vai aceitar.
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"Ok, retira, guarda no bolso. Quando vocês quiserem, vocês usam, mas essa é uma agenda positiva", disse.
Sobre o impacto de eventual aprovação da reforma da Previdência, afirmou que a atual geração precisará ter coragem para bancar o custo de R$ 1 trilhão causado pela medida proposta pelo governo.
"Mas e se o Congresso desidratar [a proposta] e vier só R$ 500 bilhões? Problema nenhum. Vocês acabaram de condenar filhos e netos", afirmou.
No caso de um impacto reduzido, o ministro afirmou que o governo não terá força fiscal para bancar a transição do atual regime para um sistema de capitalização, no qual cada trabalhador tem uma espécie de poupança para a própria aposentadoria.
"[Se desidratar] eu não lanço a capitalização e fica no sistema antigo. Quando estiver bem velhinho, pensa que seu filho vai ter o mesmo destino. Vai estar a bordo do avião brigando para ver quem fica com a comida. E o avião está caindo", disse.
FOLHAPRESS
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