(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) ainda tenta fazer uma parceria com o governador Mauro Mendes (DEM). Os dois estiveram em palanques opostos nas eleições de 2018, quando o emedebista pediu a liberação ao seu partido para apoiar a eleição de Wellington Fagundes (PR) ao comando do Paiaguás. Depois do pleito, Emanuel e Mauro, que já foram aliados no passado, ainda não demonstraram afinidade política.
Nessa sexta-feira (15), ao falar sobre o futuro da Santa Casa da Misericórdia, o prefeito lembrou que foi aliado “até mesmo” do ex-governador Pedro Taques (PSDB), a quem fazia forte oposição nos dois primeiros anos de governo. O prefeito disse que pretende conversar com Mauro e pedir para o governador novamente tirar o “veneno”. O prefeito conta que já fez isso em uma conversa com Mendes neste ano.
“Mauro, tira o veneno, eu vou tirar o veneno também, vamos sentar nós dois. Somos amigos, eu fui seu coordenador de campanha. Em 2012, sonhamos em você ser eleito prefeito de Cuiabá e você foi. Vamos voltar àquela época, pra gente relacionar, Cuiabá precisa do Estado e o Estado precisa de Cuiabá. Vamos tirar o veneno que muita gente gosta de jogar um contra o outro e vamos nos unir por Cuiabá”, disse o prefeito, referindo-se a uma conversa que teve com o governador.
Arrancando risadas dos presentes, Emanuel lembra que foi aliado de Pedro Taques, a quem fez forte oposição na Assembleia Legislativa nos anos de 2015 e 2016. “Eu uni com Pedro Taques, Mauro, quer coisa mais difícil que isso? Você não vai unir comigo? Essa foi a minha conversa com ele”, relatou.
Emanuel ainda confidenciou que disse a Mauro que deu graças por ter conseguido R$ 100 milhões, em 2018, da União, no programa “Chave de Ouro”, dinheiro que possibilitou o término da construção do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) – o novo Pronto-socorro. Conta que se não fosse esse dinheiro a obra poderia ficar paralisada, como a do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
O prefeito também cobrou do governador os R$ 82 milhões a serem pagos em 30 parcelas [de R$ 2,5 milhões cada], que o Estado deve á prefeitura por ter usado o dinheiro para sanar dívidas da Saúde em 2018.
Disse que o dinheiro a ser usado para o custeio do HMC foi liberado por Taques, mas o repasse bloqueado por Mendes, diante da crise financeira.