quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

“Xodó” no Shakhtar, Marquinhos Cipriano cita coletividade como trunfo do Brasil no Sul-Americano sub-20


Por Lucas Espogeiro — Rio de Janeiro
 
“Xodó” no Shakhtar, Marquinhos Cipriano cita coletividade como trunfo do Brasil no Sul-Americano sub-20“Xodó” no Shakhtar, Marquinhos Cipriano cita coletividade como trunfo do Brasil no Sul-Americano sub-20
Rener Pinheiro / MoWA Press

Aos 19 anos, o atacante Marquinhos Cipriano vive um momento importante na carreira. Negociado pelo São Paulo com o Shakhtar Donetsk em julho de 2018, o brasileiro é uma das apostas do técnico Carlos Amadeu para o Sul-Americano sub-20. A seleção brasileira estreará neste sábado, às 18h10, com transmissão do SporTV 3 e cobertura em tempo real do GloboEsporte.com.
Sem a companhia de alguns dos nomes mais badalados, como Vinicius Junior e Paulinho, que não foram liberados por seus respectivos clubes, Cipriano e os colegas de Seleção precisarão encontrar na união do grupo o caminho para as vitórias no torneio continental.
– Tivemos conversas com o professor Amadeu, sempre com o objetivo de discutir a coletividade. Eu não posso pensar só em mim. Ninguém pode pensar só em si. Todo mundo precisa pensar no grupo. Então, vamos trabalhar ao máximo, titulares ou reservas. Vamos focar no conjunto, para fazer uma grande campanha e conquistar o título – diz.
Marquinhos Cipriano destaca a coletividade da Seleção sub-20 — Foto: Reprodução/InstagramMarquinhos Cipriano destaca a coletividade da Seleção sub-20 — Foto: Reprodução/Instagram
Marquinhos Cipriano destaca a coletividade da Seleção sub-20 — Foto: Reprodução/Instagram
A pressão pelo sucesso não é novidade para Cipriano. O brasileiro, além de carregar a responsabilidade de vestir a amarelinha em uma competição continental, ainda precisa lidar com a expectativa de integrar a “nova geração brasileira” do Shakhtar.
Cipriano e o também atacante Fernando, outro de 19 anos, são os mais jovens entre os nove brasucas que estão na equipe ucraniana. O Shakhtar tem a tradição de contratar jogadores canarinhos. Nomes como Fernandinho, Willian, Douglas Costa, Fred e Alex Teixeira já passaram pelo clube e ganharam títulos.
– Eu e o Fernando sentimos a pressão da história feita por outros brasileiros no Shakhtar. Tento crescer, me desenvolver, treinar para seguir o mesmo caminho do Fernandinho, Willian, Fred... São jogadores em quem eu me inspiro muito. Chegaram à Ucrânia, arrebentaram e depois saíram para outras equipes grandes. Espero dar uma resposta e ter sucesso – afirma Cipriano, que participou de três jogos do Campeonato Ucraniano nesta temporada.

Ajuda sempre bem-vinda

Para alcançar êxitos com a camisa do Shakhtar, Cipriano tem o auxílio de outros brasileiros, mais experientes, que estão no clube atualmente. De acordo com o atacante, Ismaily, Alan Patrick, Maycon, Dentinho, Wellington Nem, Taison e Júnior Moraes estão sempre a postos para melhorar a adaptação dos mais jovens à Ucrânia.
Marquinhos Cipriano (à esquerda), com Fernando (centro) e Maycon, ex-Corinthians (à direita) — Foto: Reprodução/InstagramMarquinhos Cipriano (à esquerda), com Fernando (centro) e Maycon, ex-Corinthians (à direita) — Foto: Reprodução/Instagram
Marquinhos Cipriano (à esquerda), com Fernando (centro) e Maycon, ex-Corinthians (à direita) — Foto: Reprodução/Instagram
– Quando eu cheguei, eles mostraram todo o clube para mim, falaram como tudo funciona. O Taison e o Nem também sempre me deram carona para o treino, já que o centro de treinamento é distante. Todos me acolheram da melhor maneira, estão sempre por perto, e eu sou o “xodó” da galera – conta.
Além da ajuda dos companheiros, a missão de Cipriano também fica mais fácil por causa do apoio dos torcedores do Shakhtar, que se acostumaram com a presença de muitos brasucas na equipe.
Marquinhos Cipriano em ação pelo Shakhtar — Foto: Reprodução/InstagramMarquinhos Cipriano em ação pelo Shakhtar — Foto: Reprodução/Instagram
Marquinhos Cipriano em ação pelo Shakhtar — Foto: Reprodução/Instagram
– A torcida ama os brasileiros. Sempre quando a gente vai passear, as pessoas nos param nas ruas para tirar fotos, pedir autógrafos. Já aprenderam até a falar algumas coisas em português, como “bom dia”. Lá, nós, do Brasil, somos muito importantes – declara.

Cuidado parecido com o do Brasil

Apesar de valorizar a forma como é tratado na Ucrânia, Cipriano faz questão de ressaltar que, em solo brasileiro, a realidade é similar. O atacante conta que, quando ainda estava no São Paulo, clube que o revelou, também tinha todo o amparo para se desenvolver.
– Assim que eu subi para os profissionais, o pessoal do São Paulo me tratou da melhor forma possível. Os profissionais mais velhos chegavam em mim para conversar. O Nenê e o Rodrigo Caio (que se transferiu para o Flamengo) falavam muito comigo, me orientavam – destaca.
Marquinhos Cipriano nos tempos de São Paulo — Foto: Reprodução/InstagramMarquinhos Cipriano nos tempos de São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram
Marquinhos Cipriano nos tempos de São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram
Para Cipriano, toda a vivência adquirida no Brasil e na Ucrânia é combustível para o desafio do Sul-Americano sub-20, torneio que a Seleção não vence desde 2011. Na primeira fase da competição, os brasileiros estão no Grupo A, junto com colombianos, bolivianos, chilenos e venezuelanos.
Se terminar entre os três primeiros, o Brasil avançará para o hexagonal final, que reunirá também os melhores do Grupo B (Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai estão na chave).
No hexagonal, os quatro primeiros garantirão vaga ao Mundial da categoria, sediado na Polônia, entre 23 de maio e 15 de junho de 2019. Também estão em disputa três postos para o Pan-Americano deste ano, em Lima, capital peruana.

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