quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Soja tem estabilidade em Chicago nesta 5ª feira e segue à espera de novos dados



Perto de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 1 ponto nos principais vencimentos, ainda sem muita força para variações muito agressivas

Soja tem estabilidade em Chicago nesta 5ª feira e segue à espera de novos dados

Ainda à espera de novidades, o mercado da soja na Bolsa de Chicago registra uma nova sessão de estabilidade nesta manhã de quinta-feira (24). Perto de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam pouco mais de 1 ponto nos principais vencimentos, ainda sem muita força para variações muito agressivas.
Assim, o contrato março/19 tinha US$ 9,16 e o maio/19, US$ 9,30 por bushel. As posições mais distantes seguem acima dos US$ 9,40.
De acordo com analistas internacionais, o mercado não espera só pelas informações do mercado financeiro e ligadas à guerra comercial entre China e Estados Unidos, mas também por conclusões mais claras sobre a América do Sul.
"A falta de novidades concretas sobre a retórica política entre os EUA e a China, coloca a especulação sem o interesse no posicio- namento unilateral no mercado, seja ele na compra ou na venda", explicam os analistas da ARC Mercosul.
As condições climáticas seguem chamando atenção e o tempo seco no Brasil ainda preocupa muito, com especialistas acreditando que as perdas no Brasil poderiam ser ainda mais severas. A média esperada pela Reuters Interncional é de uma colheita de 117,06 milhoes de toneladas, contra o número de 120,8 milhões estimado em novembro.
"Mesmo com problemas climáticos dispersos pela safra brasileira, os fundamentos básicos de direcionamento dos preços da oleaginosa, em específico, ainda trazem uma forte “âncora” na tentativa de novas altas", ainda de acordo com a ARC.
Veja como fechou o mercado nesta 4ª feira:
Preços da soja sobem no Brasil nesta 4ª feira, mas negócios ainda seguem travados
Nesta quarta-feira (23), os preços da soja voltaram a subir no mercado brasileiro, dessa vez, acompanhando os ganhos observados na Bolsa de Chicago. As cotações trabalharam o dia todo em campo positivo, buscando garantir patamares importantes no cenário internacional.
As altas chegaram a bater em até 3,17%, como foi o caso de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, onde a saca encerrou o dia com referência nos R$ 65,00. Nas praças de comercialização do Rio Grande do Sul e Paraná, os ganhos variaram entre 0,74% e 2,05%, com cotações de R$ 68,50 e R$ 75,50 por saca.
No entanto, as altas não foram generalizadas e algumas praças de Mato Grosso viram os preços cederem, como foi o caso de Itiquira e Alto Garças, com perdas de mais de 1% e preços na casa dos R$ 60,00 a R$ 64,00. Em Sorriso, estável, o último indicativo ficou em R$ 59,00.
No porto de Paranaguá, a soja fechou os negócios com alta de 0,395 no disponível, para R$ 76,30 por saca, enquanto a referência março perdeu 1,29% para R$ 76,50.
O que limitou as altas no Brasil - ou promoveu algumas baixas, mesmo sendo bem localizadas - foi a queda do dólar. Depois de seis sessões consecutivas de alta, a moeda americana recuou e terminou a quarta-feira com perda de 1,11%, valendo R$ 3,7633. 

Segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, as declarações do ministro da economia, Paulo Guedes, sobre a reforma da Previdência foram bem recebidas pelo mercado financeiro e ajudaram no movimento de recuo do câmbio.
Analistas e consultores continuam relatando o lento ritmo da comercialização no mercado brasileiro, com os compradores neste momento retraídos diante da chegada da nova oferta da América do Sul - e a colheita a pleno vapor acontecendo no Brasil - e, de outro lado, os vendedores também evitando novos negócios.
"O mercado brasileiro da soja continua mostrando muita especulação sobre as perdas causadas pela seca e, com isso, não mostra vendedores, que esperam níveis maiores de valores nos portos", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Mercado Internacional
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o pregão com altas de pouco mais de 6 pontos entre os principais vencimentos, com o o março/19 fechando o dia com US$ 9,15 e o maio/19, US$ 9,29.
O mercado recupera parte das pequenas baixas registradas na sessão anterior, com o mercado ainda sofrendo com a falta de dados e de direção. No entanto, os traders reconhecem que se trata de uma recuperação técnica e ainda frágil, uma vez que os preços não contam com subsídio para garantir um avanço consistente.
"A questão não resolvida entre China e Estados Unidos continua sendo um fator de pressão e confusão no mercado de grãos", diz o analista sênior do portal Farm Futures, Bryce Knorr.
Ontem, o Financial Times informou que os EUA teriam recusado uma reunião com a China pré-encontro marcado dos dois países entre os dias 30 e 31 próximos e a atitude acabou assustando o mercado. Da mesma forma, os traders continuam especulando sobre como caminham as compras da nação asiática no mercado norte-americano, porém, ainda sem confirmações oficiais dada a paralisação do governo de Donald Trump que hoje entra em 33º dia.
No entanto, como explica o diretor da Cerealpar, Steve Cachia, "comentários de que os EUA estavam rejeitando as propostas da China chegaram a pressionar, mas a quebra de safra no Brasil e Argentina e rumores que a China pode comprar mais soja dos EUA impedem quedas maiores. Em todo caso, continua muito claro que a direção do mercado em Chicago vai depender muito mais do desfecho da guerra comercial EUA/China do que da safra da América do Sul".

Data de Publicação: 24/01/2019 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícolas





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