sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Geral Temporal atinge cidades do Rio Grande do Sul; previsão é de mais chuva Publicado em 11/01/2019 - 14:59 Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Brasília Cidades da fronteira oeste do Rio Grande do Sul enfrentam um quadro de inundações e alagamento, resultado de temporais que chegaram a acumular 200 milímetros em 24 horas esta semana. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, da EBC, o prefeito de Alegrete, Márcio Fonseca do Amaral, disse que já prepara o decreto de situação de emergência e que vizinhos como Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja e São Gabriel também foram fortemente afetados. enchentes em Alegrete Enchentes causam transtornos à população de Alegrete (Departamento de Comunicação/PMA) “Neste momento, estamos sem chuva aqui, embora a previsão do tempo ainda seja de alguma precipitação ao longo de toda essa semana, o fim de semana e a metade da semana que vem, mas com intensidade baixa”, relatou. De fato, aviso meteorológico divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul alerta que, em função dos volumes de chuva dos últimos dias, o prognóstico é que os picos de cheia nos rios Ibirapuitã e Quaraí sejam atingidos hoje (11), agravando a situação na região. Segundo Amaral, vários bairros ribeirinhos estão imersos nas águas. O rio Ibirapuitã registra 13 metros acima do nível normal, o que fez com que a ponte que liga a zona leste à zona oeste de Alegrete fosse interditada desde ontem (10). Alagamento fecha UPA Apenas na saúde, os prejuízos no município chegam a R$ 3 milhões, com uma unidade de pronto atendimento (UPA) fechada por conta dos alagamentos. Os pacientes foram transferidos para a Santa Casa de Caridade, único hospital do município. “No momento, estamos com 856 pessoas atingidas pela enchente. Temos trezentas que estão desabrigadas e 556 desalojadas. São números cadastrados até o momento. A tendência é que esse número ainda aumente significativamente, já que estamos com todo o pessoal da defesa civil trabalhando com auxílio dos bombeiros e do Exército e muita ação de voluntariado” disse. Outro problema, de acordo com o prefeito, é que a maioria das cidades atingidas pelas enchentes e pelos alagamentos depende fortemente da agropecuária. “Elas estariam se preparando para iniciar a colheita no fim do mês ou no início do mês que vem. Com certeza, ficaremos muito prejudicados com o escoamento da produção, o que se reflete no PIB [Produto Interno Bruto] do município”, afirmou, ao destacar que a agricultura representa em torno de 64% do PIB dos municípios da região. Edição: Kleber Sampaio Tags: CHUVAS INTENSAS RIO GRANDE DO SUL DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DO CONTEÚDO QUE VOCÊ ACESSOU. Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação. Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.


Publicado em 11/01/2019 - 14:59
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Cidades da fronteira oeste do Rio Grande do Sul enfrentam um quadro de inundações e alagamento, resultado de temporais que chegaram a acumular 200 milímetros em 24 horas esta semana.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, da EBC, o prefeito de Alegrete, Márcio Fonseca do Amaral, disse que já prepara o decreto de situação de emergência e que vizinhos como Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja e São Gabriel também foram fortemente afetados.
enchentes em Alegrete
Enchentes causam transtornos à população de Alegrete  (Departamento de Comunicação/PMA)
“Neste momento, estamos sem chuva aqui, embora a previsão do tempo ainda seja de alguma precipitação ao longo de toda essa semana, o fim de semana e a metade da semana que vem, mas com intensidade baixa”, relatou.
De fato, aviso meteorológico divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul alerta que, em função dos volumes de chuva dos últimos dias, o prognóstico é que os picos de cheia nos rios Ibirapuitã e Quaraí sejam atingidos hoje (11), agravando a situação na região.
Segundo Amaral, vários bairros ribeirinhos estão imersos nas águas. O rio Ibirapuitã registra 13 metros acima do nível normal, o que fez com que a ponte que liga a zona leste à zona oeste de Alegrete fosse interditada desde ontem (10).

Alagamento fecha UPA

Apenas na saúde, os prejuízos no município chegam a R$ 3 milhões, com uma unidade de pronto atendimento (UPA) fechada por conta dos alagamentos. Os pacientes foram transferidos para a Santa Casa de Caridade, único hospital do município.
“No momento, estamos com 856 pessoas atingidas pela enchente. Temos trezentas que estão desabrigadas e 556 desalojadas. São números cadastrados até o momento. A tendência é que esse número ainda aumente significativamente, já que estamos com todo o pessoal da defesa civil trabalhando com auxílio dos bombeiros e do Exército e muita ação de voluntariado” disse.
Outro problema, de acordo com o prefeito, é que a maioria das cidades atingidas pelas enchentes e pelos alagamentos depende fortemente da agropecuária.
“Elas estariam se preparando para iniciar a colheita no fim do mês ou no início do mês que vem. Com certeza, ficaremos muito prejudicados com o escoamento da produção, o que se reflete no PIB [Produto Interno Bruto] do município”, afirmou, ao destacar que a agricultura representa em torno de 64% do PIB dos municípios da região.
Edição: Kleber Sampaio

DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DO CONTEÚDO QUE VOCÊ ACESSOU.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.
Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Agência Brasil

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