quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Soja trabalha estável nesta 5ª feira em Chicago e ainda espera por informações novas



Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 0,25 ponto

Soja trabalha estável nesta 5ª feira em Chicago e ainda espera por informações novas

O mercado da soja segue caminhando de lado na Bolsa de Chicago e testa ligeiras baixas na manhã desta quinta-feira (20). Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 0,25 ponto. O janeiro/19 lutava para manter os US$ 9,00 por bushel, enquanto o maio/19 valia US$ 9,26.
A falta de novidades continua tirando a força do andamento dos preços e mantém os traders e fundos investidores ainda muito cautelosos, evitando variações mais intensas.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos permanece no foco central do mercado, e qualquer movimento dos dois países mexe com as cotações, mas ainda de forma limitada. Segundo explicam analistas e consultores, uma mudança mais intensa nos preços virá de um acordo firmado entre as duas maiores economias do mundo ou da confirmação de que não chegarão a um consenso.
Paralelamente, a nova safra da América do Sul também começa a ganhar um pouco mais de atenção no mercado internacional.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Compras da China seguem frustrando mercado e soja fecha 4ª feira em queda na Bolsa de Chicago
Os preços da soja caíram nesta quarta-feira (19) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa perderam mais de 7 pontos entre seus contratos mais negociados e foram intensificando suas baixas ao longo do dia. O janeiro/19 fechou nos US$ 9,00 e o maio/19 com US$ 9,26 por bushel.
Após algumas especulações do mercado, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou uma nova grande compra de soja da China no mercado norte-americano. Foram 1.199,0 milhão de toneladas da safra 2018/19.
O mercado vinha especulando sobre essas compras desde ontem, confirmou a operação, porém, sem dar grandes detalhes, que vieram somente hoje. A reação do mercado, no entanto, foi bastante limitada, uma vez que os traders já a aguardavam e os volumes seguem "decepcionando" os players.
"Todo mundo tinha uma ideia de que depois da decisão tomada pela trégua entre China e Estados Unidos, a tentativa de acordo - que mais foi uma troca de promessas - de que as compras chinesas chegariam a 10 milhões de toneladas para desafogar um pouco dos altos estoques dos EUA, mas até agora não foi nada disso. Os norte-americanos continuam com dificuldade de vender para o seu maior comprador", explica o analista de mercado Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio.
A guerra comercial e os movimentos tanto da China, quanto dos EUA continuam como as principais diretrizes dos preços na Bolsa de Chicago e, buscando garantir um bom posicionamento antes neste final de ano, os fundos seguem no aguardo das novas notícias.
"A soja passou as últimas 13 sessões dentro de uma banda de oscilação de 20 centavos. O que pode romper essa banda? A resposta é simples: um acordo dos EUA com a China. Ademais, entre as respostas menos previsíveis incluem a decisão do Fed sobre as taxas de juros - que deverá ser anunciada ainda nesta quarta - e como isso pode afetar o dólar e o mercado de ações", diz Al Kluis, analista da Kluis Advisors, ao Agriculture.com.
Preços no Brasil
Os preços da soja no Brasil também segue caminhando de lado, porém, perderam boa parte de sua força na queda gradual dos prêmios nos portos do país, ainda como explicou Cogo. "É uma queda gradual e tira força dos preços nos portos e também no interior", diz o analista.
Os prêmios para as posições de entrega abril e maio, por exemplo, estão na casa de 35 a 37 cents de dólar sobre Chicago, mas há ofertas de compradores até de 20 centavos somente nos terminais de Paranaguá e Santos. E isso ainda chega em um momento de câmbio estável, porém, com grandes incertezas à frente.
Nesse ambiente, as variações nos indicativos foram poucas nesta quarta. Em Rio Grande, a soja disponível fechou com R$ 79,00 por saca e queda de 1,62%, enquanto o fevereiro foi a R$ 78,60. Em Paranaguá, R$ 80,00 no indicativo também para fevereiro e o spot já sem referência.



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