Selma Arruda promete entregar nome de suposto chantagista à PF e ao MPF
Conforme fonte do LIVRE, membro do TRE teria cobrado R$ 600 mil da senadora eleita
A senadora eleita Selma Arruda (PSL), que alegou ter sido chantageada em três oportunidades em relação a processos de suposta prática de caixa 2 durante sua campanha eleitoral, afirma ter registrado boletim de ocorrência contra um dos supostos chantagistas e que, em breve, vai revelar o nome de outro à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF).
Apesar de em determinado momento ela negar que sua acusação estaria relacionada a algum membro da Justiça Eleitoral, uma fonte do LIVRE assegura que essa outra pessoa seria, sim, um integrante do Tribunal Regional Eleitoral. Ainda conforme a fonte, a pessoa teria cobrado R$ 600 mil da senadora eleita para “ajudá-la” a se livrar de uma possível decisão negativa.
“Eu tomei medidas em relação a dois desses casos; apenas um deles que eu ainda não tinha tomado. Registrei boletim de ocorrências [em duas supostas chantagens] e avisei as autoridades competentes. Por determinação do Tribunal Regional Eleitoral, a Polícia Federal e Ministério Público Federal vão apurar esse caso. E eu vou falar quem é para a Polícia Federal e Ministério Público Federal”, disse Selma.
Quanto às duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por suposto caixa 2, a senadora eleita diz que está com a consciência tranquila. Ela, que tem como bandeira o discurso de combate à corrupção, alega que é necessário a política se livrar de condutas como a de chantagens e extorsões. “A gente precisa que esse tipo de estratégia, que eu não diria que é só ilícita, mas imoral, tem que acabar, ter uma política limpa”.
Ainda de acordo com a senadora eleita, as acusações de suposto caixa dois não procedem. “Não tem nenhum fundamento isso e está sendo visto já nas AIJEs em tramitação e estou absolutamente tranquila quanto a isso”, declarou.
O relator das ações contra Selma, o desembargador Pedro Sakamato, ressalta que havendo a comprovação do envolvimento de membros do TRE, as devidas providências serão tomadas. Ele, porém, alega que sendo uma acusação mentirosa, poderá ser aberto um procedimento criminal.
“Não sei se é leviano ou não, se tem prova ou não. Tudo isso tem que ser objeto de apuração. É prematuro dizer que é uma acusação caluniosa, por isso tem que apurar, e apurar a fundo para ver se existe algum membro [do TRE] envolvido em algum tipo de corrupção”, afirmou Sakamoto.
O presidente da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Márcio Vidal, enfatizou que, diante dos fatos envolvendo suposto envolvimento de membro do TRE em tentativa de extorsão, a denúncia foi levada imediatamente às autoridades competentes.
“A Polícia Federal já abriu um inquérito e o Ministério Público Federal já foi acionado e cabe a eles investigar essa denúncia e depois trazer à baila. Aqueles que realmente tiverem culpa e forem responsáveis deverão ser punidos exemplarmente”, disse.
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