quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Ex-diplomata preso por agredir namorada é condenado a 2 anos em regime semiaberto no DF

DF
Caso ocorreu em novembro de 2016. Renato de Ávila Viana está preso preventivamente há cerca de dois meses por agredir outra mulher; G1 tenta contato com defesa.

Renato de Ávila Viana era diplomata do Itamaraty — Foto: Reprodução
O ex-diplomata Renato de Ávila Viana, de 42 anos, preso preventivamente desde outubro por agredir a namorada dentro do apartamento funcional onde morava em Brasília, foi condenado a dois anos e três meses de prisão em regime semiaberto por agredir outra mulher, em novembro de 2016. Cabe recurso.
A decisão foi tomada na última terça-feira (11) pelo juiz Ben-Hur Viza, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Núcleo Bandeirante. O juiz determinou também a apreensão de R$ 55 mil da conta bancária de Viana para indenização à vítima por danos morais.
G1 tentou contato com a advogada de defesa do ex-diplomata, por telefone, desde a manhã desta quinta-feira (13). Mas até a publicação desta reportagem, as ligações não foram atendidas.

Caso motivou demissão de diplomata

Diário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/ReproduçãoDiário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/ReproduçãoDiário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/Reprodução
Na sentença, o magistrado afirma que ex-diplomata confessou parcialmente o crime durante o interrogatório, "ao afirmar que não agrediu intencionalmente" a então namorada. Viana teria dado uma cabeçada na vítima, que perdeu um dente da frente pela raiz e ficou com a mastigação e a fala comprometidas.
Este caso foi uma das motivações da demissão do servidor de carreira do Ministério das Relações Exteriores (MRE), publicada no Diário Oficial da União no dia 20 de setembro. O MRE alegou "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".
O crime ocorreu na madrugada de 19 de novembro de 2016 em um motel no Núcleo Bandeirante, em Brasília. Segundo a acusação do Ministério Público, o casal começou a brigar dentro do quarto e Viana agrediu a então namorada "com tapas, murros e puxões de cabelo".
Na ocasião, o agressor ainda teria ameaçado a mulher de morte, dizendo que "iria matá-la, pois não tinha nada a perder, já que descobriu que estava com câncer e que iria morrer de qualquer forma".

Relatos do crime

Em depoimentos prestados à Polícia Civil e à Justiça do Distrito Federal, Renato Viana, a namorada agredida por ele, o gerente do motel e uma funcionária que presenciaram o crime contaram detalhes do que ocorreu.
Na versão do ex-diplomata, a namorada perdeu o dente em um "encontrão" dos dois enquanto ele tentava pegar chave do carro, que estaria no bolso da mulher.
Ela, porém, afirmou que havia tentado fugir do motel com o carro de Viana e que levou uma cabeçada dele quando se recusou a entregar as chaves. O gerente do motel confirmou a versão da vítima.
O desentendimento entre o casal teria começado dentro do quarto. Segundo a mulher, ela aproveitou o momento em que Viana foi buscar os pertences para trancá-lo e tentar fugir de carro.
Nua no volante, ela pediu ao gerente que a deixasse sair do motel porque o homem que a acompanhava "estava querendo matá-la". Ele teria se recusado a abrir o portão, porque "a conta teria que ser paga".
Neste intervalo, Viana foi liberado por funcionários do motel e saiu correndo em direção ao carro, alegando que a então namorada era uma prostituta "que teria querido cobrar a mais e tentado furtá-lo".
Em seguida, as agressões teriam começado novamente, desta vez em frente aos funcionários do estabelecimento.
"Ele me puxou pela perna, me tacou no chão, me deu chute", disse a vítima à Justiça.
A funcionária do motel declarou que "viu a vítima sem roupas, com a boca suja de sangue e gritando que o réu havia quebrado seu dente".
O agressor teria tentado, novamente, pegar as chaves do carro com a mulher, que subiu no carro. Segundo relato da funcionária, Viana derrubou a namorada, a jogou no chão e, de joelhos, agrediu a vítima com as mãos. O gerente disse que o ex-diplomata "esmurrou a vítima".

Caso mais recente

O caso mais recente de agressão à mulher contra Renato de Ávila Viana ocorreu dentro do apartamento funcional que ele ocupava, na quadra 304 Norte, em Brasília.
No dia 19 de setembro, ele foi detido por desacato, lesão corporal e violência contra a mulher. Foram os vizinhos e a própria vítima que chamaram a Polícia Militar.
Viana foi levado para a 5ª DP, na área central de Brasília, onde pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado. Cerca de um mês depois, em 16 de outubro, ele recebeu um mandado de prisão preventiva, que cumpria até a publicação desta reportagem.
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Renato de Ávila Viana era diplomata do Itamaraty — Foto: Reprodução
O ex-diplomata Renato de Ávila Viana, de 42 anos, preso preventivamente desde outubro por agredir a namorada dentro do apartamento funcional onde morava em Brasília, foi condenado a dois anos e três meses de prisão em regime semiaberto por agredir outra mulher, em novembro de 2016. Cabe recurso.
A decisão foi tomada na última terça-feira (11) pelo juiz Ben-Hur Viza, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Núcleo Bandeirante. O juiz determinou também a apreensão de R$ 55 mil da conta bancária de Viana para indenização à vítima por danos morais.
G1 tentou contato com a advogada de defesa do ex-diplomata, por telefone, desde a manhã desta quinta-feira (13). Mas até a publicação desta reportagem, as ligações não foram atendidas.

Caso motivou demissão de diplomata

Diário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/ReproduçãoDiário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/ReproduçãoDiário Oficial da União publicou demissão de diplomata brasileiro — Foto: Imprensa Nacional/Reprodução
Na sentença, o magistrado afirma que ex-diplomata confessou parcialmente o crime durante o interrogatório, "ao afirmar que não agrediu intencionalmente" a então namorada. Viana teria dado uma cabeçada na vítima, que perdeu um dente da frente pela raiz e ficou com a mastigação e a fala comprometidas.
Este caso foi uma das motivações da demissão do servidor de carreira do Ministério das Relações Exteriores (MRE), publicada no Diário Oficial da União no dia 20 de setembro. O MRE alegou "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".
O crime ocorreu na madrugada de 19 de novembro de 2016 em um motel no Núcleo Bandeirante, em Brasília. Segundo a acusação do Ministério Público, o casal começou a brigar dentro do quarto e Viana agrediu a então namorada "com tapas, murros e puxões de cabelo".
Na ocasião, o agressor ainda teria ameaçado a mulher de morte, dizendo que "iria matá-la, pois não tinha nada a perder, já que descobriu que estava com câncer e que iria morrer de qualquer forma".

Relatos do crime

Em depoimentos prestados à Polícia Civil e à Justiça do Distrito Federal, Renato Viana, a namorada agredida por ele, o gerente do motel e uma funcionária que presenciaram o crime contaram detalhes do que ocorreu.
Na versão do ex-diplomata, a namorada perdeu o dente em um "encontrão" dos dois enquanto ele tentava pegar chave do carro, que estaria no bolso da mulher.
Ela, porém, afirmou que havia tentado fugir do motel com o carro de Viana e que levou uma cabeçada dele quando se recusou a entregar as chaves. O gerente do motel confirmou a versão da vítima.
O desentendimento entre o casal teria começado dentro do quarto. Segundo a mulher, ela aproveitou o momento em que Viana foi buscar os pertences para trancá-lo e tentar fugir de carro.
Nua no volante, ela pediu ao gerente que a deixasse sair do motel porque o homem que a acompanhava "estava querendo matá-la". Ele teria se recusado a abrir o portão, porque "a conta teria que ser paga".
Neste intervalo, Viana foi liberado por funcionários do motel e saiu correndo em direção ao carro, alegando que a então namorada era uma prostituta "que teria querido cobrar a mais e tentado furtá-lo".
Em seguida, as agressões teriam começado novamente, desta vez em frente aos funcionários do estabelecimento.
"Ele me puxou pela perna, me tacou no chão, me deu chute", disse a vítima à Justiça.
A funcionária do motel declarou que "viu a vítima sem roupas, com a boca suja de sangue e gritando que o réu havia quebrado seu dente".
O agressor teria tentado, novamente, pegar as chaves do carro com a mulher, que subiu no carro. Segundo relato da funcionária, Viana derrubou a namorada, a jogou no chão e, de joelhos, agrediu a vítima com as mãos. O gerente disse que o ex-diplomata "esmurrou a vítima".

Caso mais recente

O caso mais recente de agressão à mulher contra Renato de Ávila Viana ocorreu dentro do apartamento funcional que ele ocupava, na quadra 304 Norte, em Brasília.
No dia 19 de setembro, ele foi detido por desacato, lesão corporal e violência contra a mulher. Foram os vizinhos e a própria vítima que chamaram a Polícia Militar.
Viana foi levado para a 5ª DP, na área central de Brasília, onde pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado. Cerca de um mês depois, em 16 de outubro, ele recebeu um mandado de prisão preventiva, que cumpria até a publicação desta reportagem.
"Arrombamos a porta porque a própria vítima não quis abrir, então não sabíamos se ela estava sob grave ameaça", contou ao G1 o major Michello Bueno, porta-voz da PM. "Quando entramos, ela estava com braço todo machucado, e por isso os policiais algemaram logo ele."

G1 DF
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