ALIMENTAÇÃO
O seu nome oficial é cassia e contém uma quantidade elevada de um ingrediente que pode ser perigoso para a saúde.

Saiba como distinguir a verdadeira da falsa.
Fun fact: a canela está relacionada com o controlo dos níveis de açúcar no sangue, aumentando a eficácia da insulina. Segundo a nutricionista Bárbara de Almeida Araújo, ela é também uma ótima aliada na redução do colesterol. E, caso não saiba, pode fazer maravilhas quando estamos a tentar emagrecer.
A lista de benefícios continua, uma vez que esta super especiaria é rica em fibra, manganês, cálcio, ferro e vitamina K — poderosos nutrientes para o nosso organismo.
E se lhe dissermos que pode não estar a tirar proveito de todas estas vantagens? Pior: que o consumo de canela pode estar a fazer-lhe mal à saúde e que pode ter consequências graves? É que existem dois tipos de canela — a verdadeira e a falsa, que pode tornar-se tóxica quando consumida em excesso.
“A canela verdadeira, conhecida como a canela do Ceilão, é extraída da planta cinnamomum zeylanicum e é originária do Sri Lanka, Índia, Madagáscar e Caraíbas. É retirada da zona interna dos troncos e enrola-se em várias camadas, a cor é clara e produz um pó fino. O aroma e sabor são intensos”, conta à NiT a especialista.
O tipo de canela que foi descrito é aquele que pode utilizar nas suas receitas sem medos. Porém, não é o único que está à venda no supermercado e para uso nos cafés. De acordo com a autora do blogue “Manias de Uma Dietista“, existe a canela falsa (ou cassia) que é extraída da planta cinnamomum aromaticum. Ela provém da China, Vietname e Japão é conhecida como “a canela chinesa”.
A cassia tem uma cor um pouco mais escura do que a canela verdadeira. Se estiver a comprar pau de canela e verificar que ele se enrola apenas numa camada é porque está perante a canela falsa.
“Deve saber também que a sua produção é mais abundante e mais barata. Por isso, quando compra canela no supermercado o mais provável é estar a comprar cassia”, alerta Bárbara de Almeida Araújo.

A canela falsa pode ser tóxica
A especialista explica à NiT que, apesar de terem um aspeto semelhante, estas duas especiarias têm propriedades bem diferentes. Aquilo que as separa está, sobretudo, no teor em cumarina — uma substância com propriedades anticoagulantes.
No caso da canela do Ceilão (a canela verdadeira), o teor em cumarina é baixo (0,0004 por cento). Já na cassia, é mais elevado (um por cento). Aliás, tem 250 vezes mais.
“Isto pode ser um risco, já que a ingestão excessiva de cumarina — mais de cinco gramas em pó — por longos períodos pode ser tóxica e perigosa para pessoas que tomam aspirina regularmente, irritar o estômago, agravar úlceras e aumentar a frequência cardíaca.”
No entanto, ambas as canelas ajudam a controlar a diabetes. E atenção: não tem mal nenhum consumir a chamada canela chinesa (a falsa), desde que o faça com moderação, embora a do Ceilão seja considerada uma especiaria com mais benefícios e de melhor qualidade.
Da próxima vez que for ao supermercado para comprar canela, siga o conselho da nutricionista e verifique a origem da especiaria para saber aquilo que está realmente a comprar.
FONTE: NIT

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