Penitenciária feminina ganha espaço para abrigar mães lactantes e bebês
Espaço materno-infantil tem capacidade para abrigar 20 reeducandas e conta com seis quartos amplos com banheiros, além de sala para aleitamento, área de saúde, brinquedoteca e um miniparque.
Raquel Teixeira | Sejudh-MT
Haillyn Heiviny/Gcom-MT
Um espaço adequado para abrigar mães custodiadas lactantes junto com seus filhos foi construído pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Inaugurado nesta terça-feira (27.11), o espaço materno-infantil tem capacidade para abrigar 20 reeducandas e conta com seis quartos amplos com banheiros, além de sala para aleitamento, área de saúde, brinquedoteca e um miniparque.
A diretora da penitenciária, Maria Giselma Ferreira da Silva, pontua que este é mais um sonho da unidade que está sendo concretizado. "É importante a criança recém-nascida passar seus primeiros meses em um ambiente ameno, mais infantil e adaptado para as suas necessidades".
A construção do espaço teve um custo de R$ 450 mil, com recursos próprios do Estado, e a obra foi feita por reeducandos da Penitenciária Central do Estado. O mobiliário é fruto de um convênio com o Departamento Penitenciário Nacional que destinou armários, bebedouro, refrigerador, conjunto escolar infantil, cadeira para refeição infantil, oxímetro de pulso, estetoscópio, autoclave e poltronas.
"A humanização de espaços nos ambientes prisionais é importante para que tenhamos mais condições de trabalhar as atividades ressocializadoras, o que temos buscado imprimir nesta administração, alcançando resultados bastante satisfatórios".
Mato Grosso tem sete unidades prisionais femininas localizadas em Cuiabá, Colíder, Cáceres, Nova Xavantina, Nortelândia, Tangará da Serra e Rondonópolis, que abrigam atualmente 553 mulheres. A primeira unidade a contar com um espaço humanizado para abrigar mulheres gestantes e lactantes foi a cadeia de Nortelândia, que atualmente tem uma gestante em final de gravidez e uma lactante com um bebê de um mês de vida. A diretora da unidade, Adriana Quinteiro, destaca que o espaço adequado traz mais tranquilidade para que a reeducanda possa ficar com a criança e cuidar durante os primeiros meses.
A promotora da Execução Penal, Josane Fátima Guariente, pontuou que o novo espaço da Penitenciária Feminina traz mais dignidade no trato com as mulheres reclusas lactantes, assim como às crianças. Com o trabalho que vem sendo desenvolvido na unidade, de ofertar ambiente adequado e proporcionar atividades laborais e educativas, ela acredita que é possível tornar a penitenciária uma das melhores no país.
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