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Para Fernando Leite, corte é 'questão educativa'. Diretor promete priorizar educação ambiental.
Para Fernando Leite, corte é 'questão educativa'. Diretor promete priorizar educação ambiental.
Engenheiro Fernando Leite, indicado por Ibaneis para diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) — Foto: Beatriz Pataro/TV Globo
Nomeado pelo governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha(MDB), para assumir o cargo de diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) a partir de 1º de janeiro de 2019, o engenheiro Fernando Leite afirmou nesta terça-feira (2) que o racionamento de água na capital demorou a começar e foi encerrado antes da hora.
"Como cidadão, achei que as medidas (tomadas na crise) demoraram a ser tomadas. Na época, tínhamos todos os elementos para saber que estávamos a frente de uma enorme crise", afirmou Leite, durante a primeira entrevista após ser nomeado para o cargo.
"O racionamento deveria ter começado antes, até porque isso tem uma questão educativa, didática, que é ensinar as pessoas a reduzir o consumir de água."
O racionamento de água no DF durou 513 dias, ficando ativo de janeiro de 2017 a junho de 2018. Nestas 73 semanas de restrição, o brasiliense ficou pelo menos 24 horas sem água a cada seis dias e viu o principal reservatório, o Descoberto, ir do mínimo histórico (5,3%) a um pico de 93,9%. Nesta terça, o espelho d'água chegou a 75,4%.
Para o próximo presidente da Caesb, "há muita discussão" a respeito do "ponto exato em que foi interrompido o racionamento". Na visão dele, "deveriam ter sido esperadas condições técnicas mais favoráveis". Ele, porém, não afirmou se vai propor outro projeto de redução forçada de consumo na capital.
Leite disse que vai priorizar a execução de um trabalho intenso de educação ambiental. "Nós temos consumo muito elevado em determinadas áreas. É necessário que seja passado para a população que é obrigatório não consumir em excesso e evitar desperdícios", disse.
Barragem do Descoberto em 3 de maio de 2018 — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
De volta ao cargo
Fernando Leite já ocupou o cargo em 2006, no último mandato do ex-governador Joaquim Roriz. Em 2009, no governo de José Roberto Arruda (PR), ele foi diretor-presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB).
Em 2006, na primeira passagem pelo comando da Caesb, Leite afirmou, em entrevista à ONG WWF, que a ocupação irregular de terras públicas tinha levado pequenos mananciais à "perda de qualidade e de quantidade de água".
Na mesma entrevista, defendeu a criação de sistemas de captação no Lago de Corumbá IV – obra retomada pelo governo Rodrigo Rollemberg (PSB) na crise hídrica, em 2017 – e no rio São Bartolomeu, onde não há captação atualmente.
Também durante o mandato na presidência da Caesb, Fernando Leite teria convencido Roriz a propor, na Câmara Legislativa, uma lei para obrigar prédios residenciais a fazer medição individual de água. A proposta nunca chegou a tramitar e, passados 12 anos, ainda há prédios com hidrômetro coletivo no DF.
G1 DF
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