quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Saúde discute políticas públicas para população LGBT


Redação Semus

Buscando maior protagonismo nas ações de implementação da Política de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em seus territórios, um grupo de pessoas que fazem parte de movimentos sociais que atuam em prol das pautas LGBT, profissionais da saúde, familiares e simpatizantes participaram de uma roda de conversa, no final da tarde dessa terça-feira, 04, no Parque dos Povos Indígenas para debater sobre o tema. A ação foi promovida pelas secretarias da Saúde de Palmas (Semus) e do Estado (Sesau) e pela Associação das Travestis e Transexuais do estado do Tocantins (Atrato).

O ponto principal da discussão foi sobre o atendimento dos profissionais que atuam na rede de saúde pública com o público LGBT. Grande parte das pessoas presentes no encontro citou a falta de aproximação e conhecimento dos trabalhadores do serviço público sobre as questões que perpassam a saúde da população LGBT, sobretudo, seus direitos.

Para a gerente de Saúde Mental da Semus, Dhieine Caminski, as rodas de conversas são justamente para que a gestão tenha conhecimento sobre a população LGBT e suas necessidades de saúde, além de trazer para a vida deles o questionamento de como é o atendimento nos serviços de saúde e de como ele pode influenciar diretamente na vida dessas pessoas. “É necessário uma atuação mais consciente e integral por parte tanto da gestão como também da população LGBT. Como profissional de saúde, entendo que essa troca de saberes e de informações vai possibilitar a efetivação de ações para melhorar a humanização do cuidado, que já é uma preocupação da Secretaria”, explica lembrando que a preocupação deve ser em primeiro lugar com a vida de quem está ali na frente de um profissional, não importando quem seja.

A presidente da Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins (Atrato), Byanca Marchiori, considera que os encontros são mais uma oportunidade para a população falar e ter conhecimento sobre a diversidade sexual e também da identidade de gênero. “Queremos manter e ampliar as discussões e também os espaços para falar sobre a temática. Temas como o enfrentamento à violência contra a população LGBT, ações para a inserção da comunidade LGBT no mercado de trabalho, que é outra dificuldade enfrentada pelo segmento, além do tratamento dado a este público, nas diversas esferas do poder público foram tratados aqui”, pontua a presidente.

O encontro terminou com algumas propostas para os pontos debatidos que serão encaminhados por meio de documentos ao poder público. Entre as sugestões, está a elaboração de políticas públicas para assegurar e efetivar o atendimento adequado às pessoas LGBT, a implantação do Ambulatório que terá como função promover saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis.

As rodas de conversas ocorrerão todas as terças-feiras do mês de setembro. Os encontros acontecerão no Parque dos Povos Indígenas, sempre a partir das 17 horas.



(Edição e postagem: Iara Cruz)

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