28/09/2018 15h20 - Atualizado há
Ao se manifestar na audiência pública convocada para debater as regras de transferência de controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista e de suas subsidiárias ou controladas, objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5624, de relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, o representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) defendeu que procedimentos de desestatização sejam precedidos de estudo de impacto nas relações trabalhistas, para que se respeite a função social da empresa.
Lembrando dos diversos danos decorrentes das privatizações realizadas na década de 1990 – principalmente o aumento do desemprego –, Colussi ressaltou que é preciso estar atento à função social da empresa como corolário da função social da propriedade, e respeitar o princípio da vedação do retrocesso dos direitos sociais.
Dieese
Em vários países, as empresas estatais têm expressivo papel nas economias nacionais. Bem como no Brasil, ressaltou Adhemar, lembrando que, em 2016, as empresas estatais totalizavam um patrimônio de R$ 500 bilhões e realizavam investimentos expressivos na economia, da ordem de R$ 56 bilhões, e empregavam 531 mil trabalhadores próprios.
Segundo ele, o debate envolve a controversa questão da eficiência do setor público. Adhemar afirmou que para enfrentar o tema é preciso escapar do debate ideológico e do pragmatismo de curto prazo, em que o interesse é apenas de fazer fluxo de caixa em um curto prazo.
MB/EH
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