segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Incentivo na Agricultura - Prefeitura faz estimativa de produção de milho em comunidades indígenas



A medição será feita em todas as comunidades (Fotos: Fernando Teixeira)
 Jornalista: Shirleia Rios
 
A agricultura familiar nas comunidades indígenas de Boa Vista vive um novo momento. Graças ao trabalho desenvolvido pela prefeitura, que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas com parceria e investimentos na produção agrícola. As regiões indígenas estão sendo atendidas com ações e incentivos que vão garantir renda e maiores oportunidades de emprego sem a necessidade de sair do campo. 
 
Na sexta-feira, 14, uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smai) deu início ao trabalho de medição nas lavoras de milho das comunidades para terem uma estimativa de quanto será colhido em cada uma delas.  
 
 
Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal de Roraima (UFRR) participaram do processo. As primeiras comunidades por onde as equipes passaram foram: Serra do Truaru, Serra da Moça, Morcego e Campo Alegre. Os resultados superaram as expectativas.
 
A medição é feita com uma amostra retirada de três pontos distintos da lavora de milho, em seguida é feito um calculo de acordo com a quantidade de hectare plantado. Tomando como base essa medição é possível estimar quanto será a produção. 
 
 
“Esse trabalho consiste em ter uma estimativa de quanto será colhido de milho em cada comunidade. Assim também poderemos identificar que medidas poderão ser adotadas para melhorar as lavoras do próximo ano. Além disso, estamos trazendo mais informação e orientação para os produtores”, garantiu o secretario municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas Marlon Buss.
 
 
O Tuxaua da Comunidade Indígena Serra do Truaru, Augusto Maruai, disse que com o apoio que receberam da prefeitura tiveram um avanço na plantação. A medição da comunidade estimou uma colheita de 557 sacas de milho de 50 quilos. Na comunidade foram plantados dois hectares e meio.
 
“Fico feliz por esse progresso, não apenas como liderança indígena, mas também como membro, de poder mostrar para os nossos jovens o potencial da nossa comunidade e o que podemos proporcionar para as futuras gerações. A intenção agora é expandir a produção”, contou.
 
 
Na Comunidade Serra da Moça a expectativa é colher 708 sacos de 50 quilos para quatro hectares plantados. Na Comunidade Morcego 333 sacos para dois hectares plantados e na Campo Alegre,  516 sacos pra hectares. 
 
O secretário explicou ainda que a escolha do milho para iniciar a fase de plantio na área indígena se deu em decorrência de que o produto é a base de manutenção das comunidades, de referência nutricional, para tratar galinhas, criar porcos e ser de fácil modo comercialização. “A ideia é multiplicar o conhecimento para que amanhã esse plantio possa dobrar de tamanho”, destacou.
 
 
O engenheiro agrônomo da Embrapa, Daniel Schurt, disse que o resultado das análises feitas nos plantios das comunidades visitadas foi muito positivo. “A gente faz esse acompanhamento para verificar a qualidade dos grãos. Viemos ver se a tecnologia aplicada realmente deu certo, se as espigas estão uniformes, se não estão doentes, se não estão mofadas. Então vimos que é viável, é possível transformar um lavrado que tem praticamente só pasto nativo, numa área que brota milho de excelente qualidade”, disse. 
 
 
 
 
 
 

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