quinta-feira, 5 de julho de 2018

ECONOMIA

04/07/2018 - 21h08

Privatização de seis distribuidoras de energia é alvo de obstrução em Plenário

A oposição sustenta há mais de duas horas obstrução à proposta do governo que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica controladas pela Eletrobras (PL 10332/18).
O objetivo do projeto é resolver pendências jurídicas que podem afastar investidores do leilão e proporcionar atratividade para as empresas, que enfrentam uma série de problemas financeiros e operacionais – estão entre as de pior desempenho do País, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – e que atuam em mercados de menor potencial econômico.
As seis distribuidoras que serão colocadas à venda são: Amazonas Energia; Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron); Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre); Companhia Energética de Alagoas (Ceal); Companhia de Energia do Piauí (Cepisa); e Boa Vista Energia, que atende Roraima.
Críticas
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) criticou a privatização das empresas. “Além de todo o prejuízo dentro do setor elétrico, além do aumento das tarifas de energia, estão entregando a soberania, o controle dos rios, o controle hídrico do nosso País”, criticou.
O deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL) disse ser contra a privatização da companhia energética do seu estado. “Uma coisa é privatizar uma rodovia, terceirizar um aeroporto, mas, em setor estratégico, é um absurdo o que está se fazendo”, disse ele, afirmando que não haverá interesse em expandir o serviço para o sertão nordestino.
O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) denunciou uma “ofensiva” do governo Temer sobre o setor elétrico, em referência às diversas mudanças legislativas no setor. “De repente, no último ano da legislatura, estamos vendo várias versões sobre o mesmo projeto”, criticou.
Foi o mesmo raciocínio do deputado Glauber Braga (Psol-RJ). “Numa sessão, entregam bilhões de barris de petróleo para as multinacionais; na outra, querem abrir espaço para a privatização, para a entrega do controle do sistema elétrico brasileiro”, condenou.
Melhorias
O deputado Fabio Garcia (DEM-MT) minimizou as críticas. Segundo ele, a proposta vai garantir condições mínimas para o funcionamento dessas empresas, atualmente sem contratos de concessão de energia e com funcionamento precário.
“Nós temos um problema que precisamos resolver: a operação precária da Eletrobras sobre essas distribuidoras se encerra no final de julho. Após isso, a Eletrobras não está mais autorizada a operar e quem vai operar? Quem vai encarar esse prejuízo? Nenhum conselheiro vai votar para que a Eletrobras continue amargando esses prejuízos. O projeto dá condições mínimas para o funcionamento dessas empresas”, afirmou.
Mais informações a seguir

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