sexta-feira, 29 de junho de 2018

Pré-candidatos do DF ao Senado divergem sobre indicações de cargos

DF
Em debate na Universidade de Brasília, postulantes ao Congresso debateram sobre política e as motivações de cada um

Ian Ferraz/Metrópoles
IAN FERRAZ/METRÓPOLES

Quatro pré-candidatos ao Senado participaram de um roda de conversa no auditório do Instituto de Ciência Política (Ipol) da Universidade de Brasília (UnB), nesta quinta-feira (28/6). O debate A política como vocação reuniu postulantes a um primeiro cargo eletivo pelo Distrito Federal Leany Lemos (PSB), Marivaldo Pereira (PSol), Paulo Roque (Novo) e Marcelo Neves(PT).
Os candidatos a duas vagas disponíveis para o DF iniciaram o evento apresentando suas razões para entrar na política. Em seguida, responderam perguntas sobre ações públicas para universidades, participação social no governo, foro privilegiado, o método de indicação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), desafios para os novos nomes da política, diálogo com os eleitores além da campanha e sobre a indicação de cargos no Executivo.
Sempre em tom respeitoso, eles não demonstraram consenso diante dos temas expostos, entre eles sobre a distribuição de cargos no governo. Ex-secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) do Governo do Distrito Federal (GDF), Leany disse que não é possível governar sem a indicação de cargos.
“O presidencialismo de coalizão, que é o nosso, tem que construir (alianças), que é muito semelhante ao que é feito no semipresidencialismo e no parlamentarismo. O problema não é da instituição, e sim da qualidade da coalizão e o preço dessas alianças. Nenhum presidente eleito no Brasil conseguiu uma bancada (no Congresso) maior que 20%”, destacou. 
Marivaldo Pereira avisou que, se eleito, as indicações ocorrerão por parâmetros técnicos: “Precisamos de uma ruptura nesse processo histórico (de indicações de cargos), que gera problema social. O governo só terá nosso apoio se tiver projeto de ajuda social”.
Candidato pelo Novo, Paulo Roque se mostrou veementemente contra a indicação. “Parlamento não é negócio. Parlamentar ter cargo no governo é um crime e meu partido defende que não haja indicação política. Esses cargos são da sociedade. Um parlamentar quando tem dois mil cargos no Executivo é um crime, porque ele não está preocupado com o serviço público e, sim com a próxima eleição. A gente defende que não haja qualquer indicação política de um parlamentar eleito pelo povo no Executivo”.
Para o petista Marcelo Neves não há coalizão dentro do governo, e sim um “presidencialismo de extorsão” com a distribuição de cargos. O postulante ao Senado defende que “os partidos definam cargos dentro de um modelo programático”, mantendo a “parte administrativa na competência (servidores) e não por indicação política”.
 METRÓPOLES

Nenhum comentário:

Postar um comentário