quarta-feira, 2 de maio de 2018

Governo do DF vai recorrer da alta de 2,99% na conta de água

DF
Autorização foi anunciada na segunda pela Adasa. Segundo Rollemberg, Caesb tem de achar 'medidas internas' para garantir equilíbrio econômico.

Hidrômetro no Laboratório de Micromedição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) (Foto: Renato Araújo/Agência Brasília)

O governo do Distrito Federal anunciou nesta quarta-feira (2) que vai recorrer do reajuste de 2,99% na conta de luz da capital. O percentual foi anunciado na última segunda-feira (30) pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa).
Segundo o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), qualquer aumento de preço a essa altura é "inadequado e inadmissível". Para ele, cabe à Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) adotar "medidas de administração interna para garantir o equilíbrio econômico e financeiro".
A afirmação do governador é baseada nos índices elevados dos reservatórios que abastecem o DF. “Nesse momento, estamos questionando os critérios adotados pela Adasa, uma vez que tivemos um esforço muito grande da população de Brasilia para garantir o aumento do volume de água”, declarou.
“Considero inadmissível qualquer aumento neste momento, especialmente com índices acima da inflação.”
Questionado sobre a legalidade da ação administrativa – já que Caesb e Adasa têm autonomia definida pela lei –, o governador afirmou que está "apenas questionando os critérios adotados pela agência".
Em nota, a Adasa disse que só vai comentar o tema "após receber o recurso oficialmente". A Caesb informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
Captação de água da Caesb no córrego do Pipiripau, em Planaltina, no Distrito Federal (Foto: Letícia Carvlaho/G1)

Adasa autorizou

O percentual de 2,99% foi definido pela Adasa – a Caesb pleitava um valor três vezes maior (entenda abaixo). Em tese, o percentual funciona como um teto, ou seja, a aplicação não é obrigatória. A Caesb pode reajustar a tarifa em até 2,99%, mas não mais que isso.

Caesb queria mais

O reajuste definido pela Adasa é bem menor que o valor pedido pela Caesb. Alegando prejuízo por causa do menor consumo de água devido ao racionamento, a empresa pleiteava um aumento de 9,69% na tarifa. Já a Adasa dizia inicialmente que 2,06% eram suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da estatal.
De acordo com a Adasa, o consumidor que antes pagava R$ 29,50 pelo consumo mínimo de 10 m³ vai passar a pagar R$ 30,40. A maior parte da população (45%) se enquadra neste perfil.

Entenda o cálculo

O reajuste é composto por duas partes: a de revisão anual e a extraordinária. A revisão anual busca corrigir despesas que crescem todo ano, como inflação. A proposta inicial desse tipo de reajuste era de 0,51%, mas foi corrigido para 0,93%.
Composição do reajuste da conta de água
em %
Tarifa extraordinária: 2,06Tarifa ordinária: 0,93
Tarifa extraordinária
2,06
Fonte: Adasa

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