terça-feira, 27 de março de 2018

Meio ambiente

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Ideflor-bio revisa a lista de espécies ameaçadas de extinção no Pará

27/03/2018 16:48h
Técnicos da Diretoria de Gestão da Biodiversidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-bio) fazem, entre terça (27) e quinta-feira (29), visita técnica ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A agenda ocorre no contexto do projeto “Revisão da lista das espécies ameaçados de extinção no Pará” e tem o objetivo de adquirir conhecimentos técnicos e metodológicos para atualização da relação de animais e plantas vulneráveis à extinção no Estado.
Segundo a bióloga e gerente de Biodiversidade do Ideflor-bio, Nívia Pereira, a visita técnica é o pontapé inicial para a revisão da lista. “A partir dessa atualização teremos o norte que vai apontar as espécies que merecem mais cuidados e atenção. Poderemos, então, criar estratégias para protegê-las e conservá-las”. Para o ano de 2018, os trabalhos focarão na lista das espécies da flora que estão vulneráveis à extinção.
A lista das espécies ameaçadas de extinção do Pará foi instituída pela primeira vez em 2007, pelo Museu Paraense Emilio Goeldi, em parceria do Governo do Pará com a Conservação Internacional do Brasil. Foram catalogadas, na ocasião, 181 espécies ameaçadas, das quais 53 plantas e 128 animais vertebrados e invertebrados.
Posteriormente, em 2008, criou-se, no Estado, o programa Extinção Zero, que prevê, entre outras medidas, a revisão da lista a cada cinco anos. “A revisão é necessária, pois, assim como algumas espécies conseguem deixar a categoria de vulneráveis ou ameaçadas, outras podem ingressar nessa lista”, explica a bióloga do Ideflor-bio.
A visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro justifica-se porque a instituição abriga o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), maior referência na produção de informações sobre a flora brasileira e responsável pela lista nacional oficial das espécies de plantas ameaçadas de extinção, publicada em dezembro de 2014.
Para Nívia Pereira, a viagem possibilitará o acúmulo de conhecimentos sobre metodologia, estratégias de conservação e informações do sistema usado para o levantamento de dados sobre a flora brasileira, entre outros estudos necessários para a avaliação do risco de extinção das espécies da flora em nível estadual.
“O Pará conta com mais de sete mil espécies de plantas em todo o território. Cada uma delas se divide em gêneros, famílias e grupos. Analisar o grau de ameaça dessas plantas requer um trabalho especializado e minucioso, que demanda uma metodologia bastante apurada. É isso que estamos buscando junto ao CNCFlora e ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro”, declara Nívea Pereira.
Após a visita técnica desta semana, os próximos passos são a consolidação de parcerias com instituições de pesquisa e organizações não governamentais (ONGs) para fazer as avaliações e estudos sobre as plantas locais. “A previsão é que essa lista esteja pronta no fim de 2018, para em 2019 começarmos o trabalho relacionado à fauna”.
Por Dilermando Gadelha

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