quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

TSE fará auditoria 'em tempo real' em urnas eletrônicas, diz Luiz Fux

ELEIÇÕES 2018

Algumas horas antes da eleição, representantes de partidos e de integrantes da sociedade vão verificar se urnas estão íntegras e se não foram violadas

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Urnas eletrônicas já verificam sozinhas se as informações estão íntegras e, caso não estejam, elas deixam de funcionarA Justiça Eleitoral deve auditar as urnas eletrônicas antes do início da votação, no mesmo dia do pleito. O objetivo da ação é aumentar a confiança da sociedade na segurança das urnas. Para isso, representantes de partidos políticos e de integrantes da sociedade civil – que questionam a segurança das urnas – vão escolher zonas eleitorais para, no dia da votação, verificar se as urnas estão íntegras e se não foram violadas.
De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, a medida vai aumentar a transparência do processo. “Vai ser possível agora, algumas horas antes da eleição, abrir a urna e verificar se os dígitos verificadores estão iguais aos que publicamos na internet. É uma forma de o cidadão normal verificar todos os programas que estão inseridos nas urnas eletrônicas ”, explicou.Segundo o responsável pela tecnologia da informação do tribunal, a própria urna já verifica sozinha se as informações estão íntegras e, caso não estejam, ela deixa de funcionar automaticamente. A diferença é que agora membros da sociedade e dos partidos poderão verificar pessoalmente a inviolabilidade das urnas. A ideia é que se faça uma verificação por amostragem.O presidente do TSE, ministro Luiz Fux , informou, nesta quinta-feira (8), que até o dia 5 de março o tribunal vai publicar a resolução para regulamentar a nova auditoria. O objetivo é reduzir a resistência de grupos críticos ao sistema de votação brasileiro.Até a última eleição, o TSE realiza uma auditoria paralela, também por amostragem, com simulação do voto para verificar se os candidatos inscritos estão corretos. Nesta auditoria, a urna não é usada para votação e a verificação ocorre fora das seções eleitorais.Fake newsUma das prioridades do ministro Luiz Fux, que tomou posse na presidência do TSE nesta semana , será o combate às notícias falsas, as chamadas fake news. Criado pelo ministro Gilmar Mendes, o conselho consultivo da internet recebeu novos integrantes na gestão de Luiz Fux.A Polícia Federal e o Ministério Público passaram a integrar o grupo, que contava com membros do Exército, da Fundação Getúlio Vargas, empresas de mídias sociais e outros órgãos do governo.De acordo com o ministro Luiz Fux, o conselho vai atuar dentro do TSE e a imprensa tradicional ajudará na identificação das notícias falsas. “A imprensa será nossa fonte primária de aferição da verossimilhança daquilo que está sendo noticiado”, frisou o presidente do TSE.Lei da Ficha LimpaLuiz Fux ainda defendeu que condenados em 2ª instância não podem participar das eleições, sob pena de se negar a eficácia da Lei da Ficha Limpa. No entanto, caso o candidato consiga uma liminar da Justiça para concorrer, Fux acredita que, neste caso, o Plenário do TSE terá que se manifestar sobre a liminar que permitiu a candidatura de determinado político.Voto impressoO presidente do TSE deixou claro que a Justiça Eleitoral depende de um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao voto impresso, uma vez que a Suprema Corte julgará a constitucionalidade do caso ao analisar a Ação Direta de Inconstitucionalidade feita pela Procuradoria-geral da República .Também foram discutidos temas como a possibilidade de uniformização do horário de início e término da votação em todos os estados; auditoria das urnas em tempo real no dia da eleição; segurança das urnas eletrônicas e corte de gastos.

FONTE: iG São Paulo

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