Sespa orienta foliões sobre infecções sexualmente transmissíveis
14/02/2018 09:51h
Durante todo o feriado de Carnaval, equipes da Secretaria de Estado de Saúde Publica (Sespa) percorreram diversos municípios paraenses para levar ações de saúde e prevenção aos principais pontos de concentração de foliões. Os técnicos distribuíram preservativos masculinos e femininos, orientaram os brincantes sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e também sobre o combate ao Aedes aegipty, mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. A ação é realizada por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, em conjunto com as coordenações de IST/Aids, Hepatites Virais, Dengue, Zika, Chikungunya e Centros Regionais de Saúde.
Em Barcarena, as atividades se concentraram na praia do Caripi e na praça matriz da cidade. A coordenadora da equipe, Roberta Brito, administradora da Coordenação Estadual de IST/Aids, ressaltou que a ação intensifica o trabalho realizado ao longo do ano pelas equipes municipais de saúde, que contam com a apoio do Estado sempre que necessário. “O Carnaval é um momento de alegria e diversão. Sabemos que esse clima de festa é propício a muitos relacionamentos, por isso é de suma importância conscientizar as pessoas sobre o uso do preservativo para que todos garantam sua saúde e sua segurança”, completou.
Com o tema “Use camisinha e viva essa grande festa”, a campanha de prevenção tem como foco praias e balneários dos municípios que recebem o maior fluxo de pessoas em feriados festivos: Belém (Mosqueiro), Barcarena, Abaetetuba, Bragança, Curuçá, Marudá, Salinópolis, Salvaterra, Soure, Vigia, Cametá, Peixe-Boi, Breves, Capanema, São João de Pirabas e São Caetano de Odivelas. Foram destinados a esta ação 1,5 milhão de preservativos masculinos, 80 mil preservativos femininos e 30 mil géis lubrificantes.
A coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão, que também concentra equipes nos municípios prioritários, destaca que a ação serve para lembrar a população sobre a prevenção a outras doenças, como as hepatites virais. “Além da transmissão por meio sexual, essas doenças também podem ser adquiridas por outros meios, como materiais de manicure/pedicure e lâminas de barbear. No caso da hepatite B, é possivel se prevenir por meio da vacinação”, explica.
O bancário Jardes Lima, 39 anos, enfatizou que iniciativas de saúde direcionadas ao público que gosta de brincar o Carnaval são primordiais, uma vez que levam a mensagem da prevenção em num momento bem oportuno. “É necessário que sejamos lembrados sempre sobre os cuidados com a saúde, especialmente para evitar as doenças sexualmente transmissíveis, daí a importância de iniciativas como essa”, disse.
As IST/Aids, hepatites virais, dengue, zika e chikungunya são agravos de alta incidência no Pará. De acordo com dados oficiais obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o índice de HIV/Aids entre o público jovem vem crescendo. Na comparação dos anos de 2011 e 2016, houve um aumento de 60% dos casos entre jovens na faixa de 13 a 24 anos, sendo que a incidência é maior entre indivíduos do sexo masculino.
De 01 de janeiro a 20 de setembro do ano passado, 774 adultos e sete crianças foram diagnosticados com o vírus HIV no Pará e iniciaram tratamento pela rede mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. No mesmo período, outras 330 pessoas manifestaram os sintomas da Aids, composta por um quadro de enfermidades ocasionadas pela perda das células de defesa em decorrência da infecção pelo vírus HIV.
Cerca de 10 mil pessoas, entre adultos e crianças, fazem tratamento para HIV/Aids no Pará por meio de uma rede de serviço voltda ao trabalho de prevenção e monitoramento dos pacientes soropositivos. Ao todo, estão disponíveis no Pará 74 Centros de Testagem e Aconselhamento - CTAs. A ampliação desses serviços depende das gestões municipais e, nesse caso, o governo estadual trabalha como um articulador e um facilitador, além de discutir as estratégias que serão usadas na prevenção da doença, por meio do treinamento de profissionais das unidades municipais que atuarão diretamente com o paciente. “A prevenção ainda é a melhor forma de se proteger contra as ISTs e o HIV. Daí a importância do uso do preservativo”, completa a coordenadora de IST/Aids, Deborah Crespo.
Hepatites - Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam a existência de 170 milhões de pessoas infectadas com hepatite C e 350 milhões de portadores da hepatite B. A maioria dos pacientes não tem diagnóstico da infecção e pelo caráter “silencioso“ da doença, os sintomas só aparecem na fase da cirrose, quando o paciente apresenta várias complicações, o que aumenta a morbidade e a mortalidade por insuficiência hepática.
Por Edna Lima
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PUBLICA
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Site: www.saude.pa.gov.br
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