19/02/2018 - 21h36
Deputados do RJ dominam debates em Plenário sobre intervenção federal no estado
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A maioria dos representantes do Rio de Janeiro usou a tribuna para defender que seja aprovado pela Câmara dos Deputados o decreto federal de intervenção na segurança pública do estado até 31 de dezembro de 2018. O texto é o único item da pauta do Plenário desta segunda-feira (19) e foi alvo de críticas de deputados da oposição.
O deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) afirmou que há a intenção de se criar um fórum de acompanhamento da intervenção. Segundo ele, a medida de exceção vai viabilizar outras políticas públicas. “Temos de trabalhar para que a intervenção não fique restrita a tanques nas ruas, mas que também possa haver medidas estruturantes e transformadoras na educação, na saúde e que se coíbam abusos nesse processo”, comentou.
A aprovação popular da intervenção foi destacada pelo deputado Simão Sessim (PP-RJ). “94% da população do Rio de Janeiro, em pesquisa realizada ontem, defendeu a medida. Com a intervenção federal, a segurança pública do Rio de Janeiro passa a contar com ações planejadas e cirúrgicas do serviço de inteligência das Forças Armadas”, apontou.
Por sua vez, o deputado Julio Lopes (PP-RJ) avaliou que o decreto presidencial tem como fundamento combater o crime organizado. “Hoje quem vive em algumas localidades tem de pagar mesadas aos tráficos e às milícias para circular. É necessário intervir em áreas onde o Estado não pode entrar; trata-se de garantir o domínio territorial”, comentou.
O deputado Marcelo Delaroli (PR-RJ) ressaltou que, de acordo com o interventor nomeado, general Braga Netto, haverá aumento do efetivo policial do Rio de Janeiro. “Ninguém aqui está feliz com a intervenção no estado, porém é a única opção que nós temos no momento em que as pessoas não podem sair de casa”, destacou.
Para o deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), todo o País tem a ganhar com a intervenção. “Essa experiência vai servir para elaborar um plano estratégico verdadeiro de combate à criminalidade no nosso Brasil”, sustentou. O parlamentar acrescentou que, como responsável pelo controle de fronteiras, a União também é responsável pela escalada de violência no Rio e pelo crescente uso de armas de alto calibre por bandidos.
Críticas
Por outro lado, a intervenção recebeu críticas de parlamentares da oposição. Conforme o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a proposta foi tomada à revelia da população. “O governo tomou uma decisão de supetão.Não consultou nem a maioria de seus próprios ministros, não ouviu nenhum segmento da sociedade para intervir no Rio de Janeiro, que, reconheço, está sem comando há muito tempo. Aquilo é uma esculhambação, uma roubalheira”, afirmou.
Por outro lado, a intervenção recebeu críticas de parlamentares da oposição. Conforme o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a proposta foi tomada à revelia da população. “O governo tomou uma decisão de supetão.Não consultou nem a maioria de seus próprios ministros, não ouviu nenhum segmento da sociedade para intervir no Rio de Janeiro, que, reconheço, está sem comando há muito tempo. Aquilo é uma esculhambação, uma roubalheira”, afirmou.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acusou o presidente Michel Temer de aproveitar a intervenção para fugir da pauta da reforma da Previdência, já que o estado de intervenção impede que a Constituição seja alterada.
Para Feghali, o Exército não será capaz de neutralizar os grandes criminosos, e a intervenção foi uma jogada política. “Sem voto para dizer aos bancos que não podia cumprir a reforma da Previdência, Temer tenta mudar a pauta desse País e se utiliza do desespero e da fragilidade das pessoas do meu estado”, declarou.
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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira
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