terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Filho de Jair Bolsonaro causa polêmica no Twitter ao criticar suposta educação sexual

POLÍTICA

Carlos Bolsonaro reclama de pesquisador que estaria dando aula de 'sexo anal'

Twitter/CarlosBolsonaro/Reprodução

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Nantes Bolsonaro (PSC), filho do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), que é pré-candidato à presidência da república nas Eleições 2018, está chamando a atenção no Twitter, depois que publicou uma crítica a um suposto congresso realizado na USP que trataria de sexo anal.
Enquanto a universidade da Suíça ganha Nobel de Química, a USP, no Brasil, realiza congresso sobre 'como dar o c* sem sentir dor'! Me desculpe o palavreado, mas é a pura verdade! Veja o mural, pois é inacreditável", critica Calor Bolsonaro em sua conta oficial na rede social de 240 caracteres. Ele possui mais de 182 mil seguidores no Twitter. Muitos de seus fãs e eleitores concordaram com o post feito pelo político carioca.

"Quer dizer, o seu imposto está indo pra [sic] privada, para um cara fazer um estudo sobre a dor na hora de dar o c*, e sua indignação é com a pessoa que denuncia?", comenta o perfil @sidneyg94. "Quando o cara gasta dinheiro público para isso, nada melhor do que mandar o sujeito tomar no c*!", critica o internauta @ge_saquet. "Em termos de produção científica, o Brasil não só toma na r*ba como teoriza sobre isso", diz @bible_beer. "Esse se formou nos 13 anos de PT, da pátria educadora", ironiza o usuário @sidrockgremio. "Minha Nossa Senhora, tá [sic] repreendido!", se espanta a internauta @CarlahSilvah. "Esse país é uma vergonha!", diz @Viny_Benfica. "Sorte nossa que é o último 'ânus' que essa esquerda dirige neste país. 2019 vamos enDIREITAR [sic]", comenta @marcosvalerio43. "As autoridades precisam se posicionar. É inacreditável que isso aconteça numa universidade. É vergonhoso", reclama @BetoSilvaBR.
Porém, outros usuários do Twitter não gostaram da forma como o filho do presidenciável Jair Bolsonaro tratou o assunto. "C* é oxítona terminada em 'u'. Não tem acento, analfabeto funcional", critica o perfil @Vicatey. "É porque sexólogo, obrigatoriamente, escreve artigos sobre sexo. Você está insatisfeito? Mude para a Suíça", reclama @lauerpat. "Já não basta o pai, agora o filho fascinado por c*? Que fascínio é esse? Só pode ser doença, pois ficam monitorando o fiofó [sic] alheio", comenta a internauta @Marlene_Senna. "Meu irmão estuda na Suíça e, lá, eles também têm aula de educação sexual. E em Harvard, também teve esse congresso de como dar o c* sem sentir dor. Não é uma exclusividade do Brasil", diz @AmandaCsav. Até o youtuebr Felipe Neto, que tem mais de 7,81 milhões de seguidores nessa rede social aproveitou para reclamar do político: "Alguém avisa o @CarlosBolsonaro que aula sobre sexo tem em todas as faculdades do mundo, incluindo as mais respeitadas. E sobre todos os assuntos. Até mesmo Harvard. Pior seria se a faculdade ensinasse a usar dinheiro de auxílio moradia pra [sic] 'comer gente'".

Antes de mais nada, é preciso dizer que a imagem divulgada por Carlos Bolsonaro diz respeito ao XVI Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, realizado de 18 a 20 de outubro de 2017, na cidade de Campinas, em São Paulo. O grande tema do encontro científico, nesse ano, foi "Prazer, Quem é Você?". Na foto que está causando toda essa polêmica na rede social, é possível ver o sexólogo e pesquisador amazonense Mahamoud Baydoun, que, atualmente, está participando do reality show Big Brother Brasil 18, na TV Globo, e que aparece ao lado do banner de seu estudo Fatores Biológicos, Psicológicos e Situacionais da Dor Durante o Intercurso Anal em Pessoas Anoreceptivas: Revisão de Literatura, que foi um dos vários trabalhos apresentados no congresso.

Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, responsável pelo evento em Campinas, o encontro científico bianual é destinado a profissionais e estudiosos da sexualidade humana, estudantes de graduação de áreas similares e de pós-graduação, representantes e gestores de organizações ou de projetos ligados à sexualidade, autoridades governamentais das áreas de saúde, educação, justiça e outras. "Sua característica interdisciplinar explora a pluralidade de investigações e ações que buscam o desenvolvimento científico e social na temática", informa a entidade no texto de apresentação do congresso.

"O evento contribui ainda para renovação do campo, ao proporcionar um acesso diferenciado nas inscrições aos profissionais da educação básica, frequentemente próximos as primeiras informações demandadas acerca da sexualidade; e também a estudantes de graduação e pós-graduação, sendo essa modalidade mais carente de fontes de informação técnica-profissional devido à ausência de disciplinas específicas na formação superior", diz a Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana no mesmo texto.

FONTE: REVISTA ENCONTRO

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