Pedestres reclamaram de poste próximo a local onde folião foi eletrocutado em SP
Lucas Lacerda da Silva morreu no domingo durante desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.
Polícia investiga de quem é a responsabilidade por morte de jovem eletrocutado
Um poste próximo ao local onde um folião morreu eletrocutado na Rua da Consolação, no Centro de São Paulo, já era alvo de reclamação de pedestres por causa de choques, segundo funcionários de um restaurante ao lado do local.
O poste em questão foi usado para puxar a fiação que liga câmeras de segurança instaladas na estrutura que causou o choque que matou Lucas Lacerda da Silva, no domingo (4).
“Quando o cara pisava naquela tampa [de metal] e encostava o braço no poste, ele dava choque”, diz um dos funcionários. “Umas três ,quatro vezes”, afirma, sobre o número de vezes que ouviu a reclamação.
O poste no qual o folião se apoiou é usado para orientar a travessia de pedestres, mas, devido ao pré-carnaval, serviu de base para duas câmeras de segurança. A empresa Dream Factory, responsável pela infra-estrutura do carnaval de rua da capital, contratou a GWA Systems para a instalação das câmeras.
O poste é da CET, mas nem o órgão nem o Ilume (departamento de iluminação) dizem ter autorizado a instalação dos equipamentos.
Segundo funcionários do restaurante, era frequente a reclamação de pedestres que levavam choques de outro poste - justamente do qual a fiação foi puxada para ligar as câmeras.
Lucas tinha 22 anos, era aluno do curso de Ciência e Tecnologia e morava no ABC.
A Prefeitura de São Paulo foi procurada pelo SP1 para se pronunciar sobre o caso, mas ainda não se manifestou. A CET e a Ilume disseram que vão registrar um boletim de ocorrência pela instalação sem autorização e por furto de energia.
A Dream Factory diz que lamenta a morte e aguarda o resultado da perícia para confirmar a relação da instalação com a morte. Procurada GWA não retornou o contato à reportagem.
G1

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