quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Taxa de desemprego se mantém estável na região metropolitana

Taxa de desemprego se mantém estável na região metropolitana no mês de dezembro

As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador ficou estável em 23,8% da População Economicamente Ativa (PEA), entre novembro e dezembro de 2017. Segundo suas componentes, houve aumento da taxa de desemprego aberto, que passou de 16,8% para 17,2%, e declínio da taxa de desemprego oculto, que passou 7,0% para 6,5%. A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado (Setre), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

O contingente de desempregados foi estimado em 470 mil pessoas (mais 6 mil, em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu da elevação da PEA (1,4%, ou o ingresso de 27 mil pessoas na força de trabalho da região) em número pouco superior ao acréscimo do nível de ocupação (1,4%, ou geração de 21 mil postos de trabalho) . A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou de 57,5%, em novembro, para 58,2%, em dezembro.

No mês de dezembro, o contingente de ocupados elevou-se em 1,4%, sendo estimado em 1.505 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve acréscimo no Comércio e reparação de veículos (8,2% ou 24 mil) e relativa estabilidade na Indústria de transformação (0,9% ou 1 mil) e nos Serviços (0,3% ou 3 mil), enquanto declinou o contingente na Construção (-6,0% ou -7 mil).

Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados elevou-se (2,2% ou 21 mil), devido ao aumento no setor privado (3,0% ou 24 mil), já que houve declínio no setor público (-2,9% ou -4 mil). No setor privado, aumentou o número de empregados com carteira de trabalho assinada (2,8% ou 20 mil) e o daqueles sem registro em carteira (4,2% ou 4 mil). Houve, ainda, aumento no número de trabalhadores autônomos (1,5% ou 5 mil) e redução do contingente no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (-3,4% ou -3 mil) e entre os empregados domésticos (-1,7% ou -2 mil).

Entre outubro e novembro de 2017, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados (-1,8%) e, com menor intensidade, o dos assalariados (-0,7%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.412 e R$ 1.511, respectivamente. A massa de rendimentos reais retraiu-se entre os ocupados (-1,4%) e permaneceu relativamente estável para os assalariados (-0,2%). Nos dois casos, o resultado negativo derivou do declínio no rendimento médio real, já que, para ambos, o nível de ocupação elevou-se.

Comportamento em 12 meses - Entre os meses de dezembro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS declinou, ao passar de 25,2% para 23,8% da PEA. Esse resultado decorreu de reduções das taxas de desemprego aberto (de 17,6% para 17,2%) e oculto (de 7,5% para 6,5%).

O contingente de desempregados diminuiu em 14 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento do nível de ocupação (4,7% ou mais 68 mil postos de trabalho) em número superior ao acréscimo da População Economicamente Ativa − PEA (2,8% ou mais 54 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação aumentou de 57,7% para 58,2%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 4,7%, ao passar de 1.437 mil para 1.505 mil pessoas. Setorialmente, houve acréscimo no contingente ocupado no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (13,7% ou 38 mil), na Indústria de transformação (10,7% ou 11 mil) e nos Serviços (2,6% ou 24 mil) e retração na Construção (-4,3% ou -5 mil).

Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado ficou relativamente estável (0,3% ou 3 mil), devido ao decréscimo no setor privado (-1,7% ou -14 mil), já que no setor público houve crescimento (11,6% ou 14 mil). No setor privado, reduziu-se o número de assalariados com carteira assinada (-1,9% ou -14 mil) e não variou o contingente de trabalhadores sem registro em carteira. Houve, ainda, aumento no contingente de trabalhadores autônomos (24,3% ou 68 mil) e no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (11,7% ou 9 mil) e retraiu-se o número de empregados domésticos (-9,5% ou -12 mil).

Entre novembro de 2016 e 2017, o rendimento médio real permaneceu estável para os ocupados e teve pequeno aumento para os assalariados (0,9%). Nesse período, houve aumento na massa de rendimentos reais dos ocupados (1,8%) e redução na dos assalariados (-4,1%). No caso dos ocupados, o resultado deveu-se ao acréscimo no nível de ocupação, já que o rendimento médio real pouco variou. Em relação aos assalariados, o resultado decorreu da retração no nível de emprego, uma vez que o salário médio real variou positivamente.


Fonte: Ascom/Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

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