quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Polícia faz operação contra quadrilha suspeita de vender falso suplemento com fosfoetanolamina

Polícia faz operação contra quadrilha suspeita de vender falso suplemento com fosfoetanolamina

São cumpridos mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens e contas bancárias. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

Veículos foram apreendidos no decorrer da operação realizada nesta quinta-feira (4) (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Veículos foram apreendidos no decorrer da operação realizada nesta quinta-feira (4) (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Veículos foram apreendidos no decorrer da operação realizada nesta quinta-feira (4) (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (4) uma operação contra uma organização suspeita de vender suplementos com fosfoetanolamina, que não continham a substância. O grupo é suspeito dos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Conhecida como pílula do câncer, a fosfoetanolamina teve a venda proibida por conta da suspensão de uma lei. Testes não comprovaram a eficácia da substância contra a doença, por isso não é reconhecida como medicamento.
Material apreendido pela polícia durante a operação Placebo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Material apreendido pela polícia durante a operação Placebo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Material apreendido pela polícia durante a operação Placebo (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Uma pessoa foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Foram apreendidos seis passaportes, 130 frascos da substância fabricada em Miami, nos Estados Unidos, três computadores, celulares e uma pistola calibre 380.
Os policiais cumprem 18 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de 76 veículos e o bloqueio de 33 contas bancárias em Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana.
Conforme a polícia, a organização possuía empresas que eram usadas para a lavagem de dinheiro que vinha do tráfico de drogas.
Frascos do suplemento foram vendidos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Frascos do suplemento foram vendidos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Frascos do suplemento foram vendidos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Suplemento vendido pela internet

Suplemento era vendido por grupo pela internet (Foto: Reprodução)Suplemento era vendido por grupo pela internet (Foto: Reprodução)
Suplemento era vendido por grupo pela internet (Foto: Reprodução)
O suplemento é vendido no Brasil por meio de uma página na internet, e promete melhorar a qualidade de vida e o desempenho de funções metabólicas do corpo.
Uma análise encomendada pelo Grupo de Investigação do Grupo RBS (GDI) com o produto vendido pela empresa apontou que não havia a substância no suplemento (veja no vídeo abaixo).
Um ex-sócio chegou a denunciar que a empresa passou a importar matéria prima mais barata da China, que não continha a substância, e que por isso deixou a sociedade.
Inicialmente, os sócios contavam com o apoio do químico responsável pela substância no interior de São Paulo. Mas como o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei que autorizava a venda da fosfoetanolamina no Brasil, o químico Gilberto Chierice, da USP de São Carlos, rompeu com o grupo.
Foi quando a venda passou a ser feita a partir dos Estados Unidos, onde o produto custava US$ 99 (cerca de R$ 380).
A empresa responsável pela substância respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que não teve acesso ao laudo, o que impossibilita a avaliação técnica do resultado. E empresa informou ainda que possui todas as certificações exigidas, e que segue rigorosamente a patente da fosfoetanolamina desenvolvida pelo grupo do professor Gilberto Chierice.
Lote da 'pílula do câncer' não contém substância especificada no rótulo, aponta laudo
G1

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