quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

História



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Após reforma, aumenta o número de visitantes no Arquivo Público do Pará

16/01/2018 14:35h
Após três anos de obras que garantiram uma reforma minuciosa, o Arquivo Público do Estado do Pará (Apep) foi entregue à população paraense no dia 24 de outubro do ano passado. E em quase três meses de funcionamento, o prédio passou de quatro visitantes diários para uma média de 20.
“Essa foi, sem dúvida, a melhor resposta do público. No mês de dezembro, por exemplo, o Apep trouxe 126 pesquisadores atrás de informações históricas, em um espaço novo e confortável. Essa volta do pesquisador ao nosso espaço revela o quanto o Arquivo Público é importante para a população”, disse o diretor Leonardo Tori.
O acervo - O prédio histórico de estilo neoclássico, inaugurado em 1884, guarda a memória não só do povo paraense, mas de toda região amazônica e de estados como Tocantins e Maranhão. Instituição ligada à Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o espaço possui mais de quatro milhões de documentos, entre escrituras, inquéritos e iconografias, produzidos a partir do século XVII.
O documento mais antigo do arquivo data de 1649 e mostra as demandas administrativas do capitão-geral de Belém para o rei de Portugal, com pedidos de fardamento, pólvora e alimentação. Já o último documento protocolado é um boletim de ocorrência da Polícia Militar do Estado, de 1986, ano inclusive, da última reforma do prédio.
A reforma - Durante os três anos de obras, todos os documentos foram retirados do local para que a integridade pudesse ser mantida e o trabalho realizado de forma completa. Toda a fiação elétrica e hidráulica foi refeita, a refrigeração modernizada e levada para todas as áreas do prédio, além da instalação de móveis novos, reforma de espaços e a aquisição de aparelhos modernos que ajudam no trabalho do Arquivo, desde a identificação até a restauração e manutenção de documentos.
Digitalização - Outra conquista do Apep nos últimos anos foi a possibilidade de digitalizar parte de seus arquivos. Em três anos de reforma, foram digitalizadas 120 mil imagens, para preservar o acervo e facilitar a pesquisa. Em 2018, a meta é digitalizar mais 50 mil documentos.
No arquivo público, qualquer cidadão pode ter acesso a diversos tipos de serviço, como, instrumentos de gestão e transparência pública; serviço de informações aos cidadãos; pesquisa em Diário Oficial; serviços de pesquisa histórica; serviço de memória local; serviços de ação cultural; visita guiada; emissão de certidões probatórias e reprodução de documentos.
Formada em História, Milena Moraes trabalha com o projeto do Centro de Memória do Instituto Carlos Gomes, e vem frequentando o Arquivo Público desde o início do ano em uma pesquisa minuciosa. “Só aqui consegui encontrar o documento original de fundação do Conservatório, que não existe nem mesmo no site da Biblioteca Nacional. Encontramos um vasto material para a pesquisa, contando ainda com o conforto e bom atendimento dos servidores do local”, disse a historiadora.
Diego Leal, 29 anos, universitário de História, veio atrás de documentos sobre o processo de desapropriação do Parque Zoobotânico Museu Emílio Goeldi. “Aqui encontrei relatórios e falas dos governantes na época da criação do Museu. Estou vindo há um mês direto e acho o espaço fundamental para a gente ter acesso a documentos importantes, de diversas fontes, para essa minha pesquisa acadêmica”, disse o universitário.
Serviço - O Arquivo Público está disponível para consultas, pesquisas e visitações espontâneas e programadas no espaço localizado na Travessa Campos Sales nº 273, entre 13 de Maio e Manoel Barata. O horário de funcionamento é de 8h às 15h, de segunda a sexta-feira. Os agendamentos de visitas em grupos pode ser feito por meio do e-mail apep.secult@yahoo.com.br. Mais informações pelo telefone 4009-4350.
Por Syanne Neno

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